59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

COMPARAÇÃO ENTRE DETERMINANTES PARA SATISFAÇÃO SEXUAL EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO SUL DO BRASIL

OBJETIVO

Este trabalho objetiva avaliar as diferenças existentes entre os determinantes de piores escores no domínio de satisfação do FSFI-6 e satisfação sexual do IIEF entre estudantes de Medicina femininos e masculinos, respectivamente.

MÉTODOS

Um survey online na plataforma Google Forms foi enviado para as turmas de medicina via e-mail, WhatsApp e Facebook. Todos os participantes responderam anonimamente um questionário abrangendo fatores sociodemográficos e comportamentais, seguido por aspectos referentes à sexualidade, totalizando 34 questões para o sexo feminino e 46 para o masculino. Foram incluídas perguntas derivadas dos questionários Female Sexual Function Index (FSFI-6), International Index of Erectile Function (IIEF) e Premature Ejaculation Diagnostic Tool (PEDT), ambos validados em português. As variáveis ​​foram analisadas estatisticamente por meio do software estatístico SPSS.

RESULTADOS

Participaram da pesquisa 300 acadêmicos do curso de medicina, sendo 56,3% (n=169) do sexo feminino e 43,7% (n=131) do sexo masculino. Nesses, a prática sexual foi referida por 96,4% (n=163) e 94,7% (n=124), respectivamente. Ambas amostras feminina e masculina apresentaram associação significativa entre piores escores no domínio satisfação do FSFI-6 e satisfação sexual do IIEF-5, respectivamente, e o estado civil solteiro (p<0.0001). Na especificidade da população feminina, também foi encontrada associação entre a ausência de atividade física (p<0.0001) e o uso de preservativo masculino como método contraceptivo (p=0.030) com piores escores na satisfação. Por sua vez, a satisfação sexual dos meninos demonstrou associação com a orientação sexual homossexual (p<0.0001) e a presença de distúrbio psiquiátrico (p<0.0001).

CONCLUSÕES

Foi observada diferença entre os determinantes de satisfação sexual nos acadêmicos de medicina do sexo masculino e feminino. Alguns dos fatores correlacionam-se com hábitos de vida, os quais são modificáveis e podem ser abordados durante as consultas voltadas a queixas de disfunção sexual em mulheres.

PALAVRA CHAVE

Sexualidade; Educação de Graduação em Medicina

Área

GINECOLOGIA - Sexualidade

Autores

Luiza Salatino, Gabrielle Simon Tronco, Heloísa Augusta Castralli, Guilherme Lang Motta, Maira Zancan

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