59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

IMPACTO DA DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL NO FUTURO REPRODUTIVO DAS PACIENTES APÓS O TRATAMENTO

OBJETIVO

A doença trofoblástica gestacional (DTG) afeta mulheres em idade reprodutiva e torna a fertilidade após tratamento aspecto importante de ser avaliado na qualidade de vida dessas mulheres. O objetivo do estudo é avaliar o impacto da DTG no futuro reprodutivo das pacientes após o tratamento.

FONTE DE DADOS

Revisão bibliográfica referente ao estudo do impacto da DTG no futuro reprodutivo das pacientes após tratamento realizada na base PUBMED com a combinação de palavras chaves pelo MESH terms Pregnancy Outcome AND Gestational Trophoblastic Disease AND Female.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram obtidos 984 artigos e selecionados 6 para revisão. Foram incluídas publicações dos últimos 5 anos e estudos de metanálise e ensaios clínicos. Após essa etapa, foi realizada a revisão dos 6 artigos.

COLETA DE DADOS

Foram coletados dados que mostrassem o impacto da doença trofoblástica gestacional no futuro reprodutivo das pacientes após o tratamento
e realizada comparação entre os estudos sobre esse impacto.

SÍNTESE DE DADOS

Uma metanálise comparou 27 estudos e mostrou mediana da idade entre 25,5 e 33,1 anos e taxa de gravidez entre as mulheres com gestação molar (GM) em gravidez anterior de 86,7%. A taxa de nascidos vivos termo foi de 75,84%. Outro estudo mostrou 98-99% pacientes grávidas após GM apesar do risco de 1-2% de nova GM, que apesar de baixo, equivale de 4 a 50 vezes mais que a população geral. Compreende-se a importância da realização de ultrassonografia no primeiro trimestre para afastar nova GM e da realização do BHCG após 40 dias de puerpério para afastar malignidade. Além disso, estudos mostraram resultados adversos sem diferença quando comparados à população geral, com baixo índice de malformação fetal (1,76%) e aparecimento de repetição molar (1,28%). Quando estudado o tratamento quimioterápico, não foi visto alteração de risco de eventos adversos obstétricos ou malformações fetais, o que ocorre é um possível impacto na função ovariana.

CONCLUSÕES

Quase 90% das pacientes que desejam concepção pós DTG são capazes de conceber, com baixos índices de malformação fetal e eventos adversos, mesmo após tratamento quimioterápico.

PALAVRA-CHAVE

Pregnancy Outcome; Gestational Trophoblastic Disease; Female

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de Alto Risco

Autores

LEONARDO JOSÉ VEIRA DE FIGUEIREDO, MARIANE ALBUQUERQUE REIS, MARIAMA SOUSA SALAZAR, MICHELLY NÓBREGA MONTEIRO

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