Dados do Trabalho

TÍTULO

Torção de massa anexial por tumor de células germinativas em adolescente: relato de caso

CONTEXTO

O tumor de células germinativas encontra-se entre as causas decorrentes de dor abdominal em pacientes jovens, apresentando-se com náuseas, aumento do volume abdominal, dor pélvica, podendo levar a complicações como dor intensa por crescimento acelerado, torção e rotura.

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

Paciente 14 anos, procurou atendimento de emergência queixando-se de disminorreia intensa, sendo realizada ressonância magnética (RNM) evidenciando sinais de torção anexial à direita e aumento volumétrico proeminente do ovário direito ocupando a região mediana da cavidade pélvica apresentando perda do padrão habitual de intensidade do parênquima e medindo 8,6x10,0x12,00cm nos maiores eixos, com volume estimado de 536m3. Ovário esquerdo e útero sem alterações.
Após RNM, foi realizada intervenção cirúrgica de urgência para ressecção da massa, sendo enviada para anatomopatológico, tendo como resultado tumor de células germinativas.

COMENTÁRIOS

Os tumores células germinativas (TCGs) são raros na infância, correspondendo a cerca 3% dos tumores malignos diagnosticados em crianças e adolescentes menores de 15 anos.
O TCG em crianças e adolescentes tem apresentado respostas positivas aos tratamentos. É de grande importância um tratamento individual e acompanhamento psicológico (multidisciplinar), considerando-se ainda as toxidades agudas e os efeitos tardios às intervenções terapêuticas.
Cirurgia como base do tratamento encontra-se entre as modalidades mais avançadas para tumores (benignos e malignos) em fase inicial. Em alguns casos, a quimioterapia neoadjuvante torna-se uma abordagem inicial preferida em tumores volumosos, medida esta que pode reduzir a morbidade cirúrgica, seguida pela opção da quimioterapia atrelada à intervenção cirúrgica.
O caso demonstra a necessidade da medicina preventiva conjuntamente com a tecnologia e suporte multidisciplinar, uma vez que a sexualidade, em especial com adolescentes, exige compreensão dos reflexos futuros, tratamentos, revisões, acompanhamentos necessários e medicamentos disciplinados. A intersetorialidade da medicina envolve ramificações das ciências (clínica e psicológica) dentro do mesmo contexto, daí falar-se no sistema conjunto, multidisciplinar e redes, face à necessidade de comunicação em busca de resultados positivos ao paciente.