59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS EM GESTANTES NO BRASIL E NO RIO GRANDE DO SUL EM 2019

OBJETIVO

Analisar e comparar as características epidemiológicas dos casos sífilis gestacional (SG) diagnosticados em 2019 no Rio Grande do Sul (RS) e no Brasil (BR), considerando número de casos notificados, idade gestacional do diagnóstico, tipo de sífilis, tratamento instituído, raça, escolaridade e idade da gestante.

MÉTODOS

Estudo descritivo e retrospectivo acerca dos casos de SG diagnosticados no RS e no BR no ano de 2019. Os dados foram coletados por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil – DATASUS, pela ferramenta TABNET.

RESULTADOS

Entre as variáveis analisadas comparando o Brasil e o Rio Grande do Sul, a taxa de detecção de novos casos por 100.000 nascidos vivos foi 57,69% maior no Estado Gaúcho em relação ao plano nacional (32,8 RS vs. 20,8 BR); em compensação, a idade das gestantes foi semelhante comparando ambas, com média de 50% dos casos entre 20-29 anos. Em relação ao tratamento, tanto BR como RS apresentaram resultados similares, tendo a Penicilina como medicação de escolha (80% RS vs. 89% BR), entretanto, vale ressaltar que, no RS, 10% das pacientes não foram tratadas e 5,5% no Brasil. A raça foi outra variável que apresentou dados discrepantes entre o país, no qual houve predomínio da raça parda, e no estado, da raça branca. A escolaridade das gestantes apresentou a maioria dos casos entre 5ª a 8ª séries incompletas em nível gaúcho, e ensino médio completo em nível nacional. Em relação ao tipo de sífilis diagnosticada, os dados apresentam altas taxas de “diagnóstico ignorado” (43% RS vs. 24% BR), o que não permite traçar perfis fidedignos dessa variável.

CONCLUSÕES

Entre os fatores de risco para a SG estão a idade materna jovem, a raça parda ou negra e a baixa escolaridade (<8 anos). A faixa etária tanto nacional quanto regional mostrou-se semelhante aos dados da literatura, com média de 20-29 anos. A raça demonstrou-se diferente no BR, com maior número de casos com a raça parda, enquanto no RS a raça predominante foi a branca. O fator de risco de baixa escolaridade apresentou diferenças, pois em nível nacional a maioria das gestantes apresenta ensino médio completo, ao passo que no RS a maioria dos casos cursa com 5ª a 8ª séries incompletas. Além disso, como avaliado, são grandes os números de casos sem tratamento em ambos locais avaliados, trazendo graves consequências como a sífilis congênita. Contudo, a falta de dados sobre o tipo de sífilis dificulta a percepção de porcentagem de casos de sífilis gestacional que se tornam sífilis congênita.

PALAVRA CHAVE

Sífilis Gestacional

Área

GINECOLOGIA - Epidemiologia

Autores

Adriana Büchner , Bruna Walter Pasetti, Laura Paggiarin Skonieski, Rafaela Mezzomo Arcce, Yasmin Stefanello Beituni , Silvane Nenê Portela

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