Dados do Trabalho
TÍTULO
SUBTIPOS MOLECULARES DE CÂNCER DE MAMA EM MULHERES BRASILEIRAS
OBJETIVO
O câncer de mama constitui como um grupo heterogêneo de tumores com comportamentos diferentes. A complexidade dessa doença associada com a diversidade clínica, diagnóstico e prognóstico se estabelece a nível molecular, a depender da expressão de diversos genes que confere a sua variabilidade biológica. Com imunohistoquímica (IHQ), foi possível demonstrar antígenos teciduais e incorporado à patologia cirúrgica como forma de diagnóstico complementar. Pode se diferenciar conforme a análise genética em luminal A, luminal B, luminal híbrido, HER2 hiperexpresso e triplo negativo, cada qual com terapêutica e prognóstico diferentes. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo analisar os subtipos moleculares do câncer de mama de mulheres brasileiras atendidas pelo SUS em um hospital de referência no período de 2009 a 2018.
MÉTODOS
Tratou-se de uma pesquisa observacional, abordagem quantitativa, descritivo, documental. O cenário para a coleta foi realizado através dos dados informatizados presente no hospital de referência em câncer de mama atendidas através Sistema Único de Saúde da cidade de São Paulo - SP. Foram utilizados dados sobre imunohistoquímica de 9222 pacientes do sexo feminino do período de janeiro de 2009 a dezembro de 2018. Após coletados, organizou-se e analisou-se os dados através de planilhas do Microsoft Office Excel® 2016
RESULTADOS
Com isso, foi identificada os subtipos moleculares em luminal A: 2200 (24%); luminal B: 3025 (33%); luminal híbrido: 932 (10%); HER-2 hiperexpresso: 732 (8%); Triplo Negativo: 2333 (25%). Observou-se uma maior frequência do tipo luminal B, seguido do triplo negativo, o primeiro com uma melhor resposta terapêutica e prognóstico da doença, já o segundo com resposta terapêutica e prognóstico reservados.
CONCLUSÕES
Portanto, a maior frequência foi do subtipo molecular luminal B e menor frequência para o HER-2 hiperexpresso, semelhante com outros estudos das regiões brasileiras apresentados, já o triplo negativo se mostrou com uma grande porcentagem de pacientes nesse estudo, o que preocupa devido a sua agressividade e prognóstico mais reservado. Contudo, não se pode definir com precisão os motivos das diferenças entre os subtipos no Brasil. Dessa forma, a avaliação imunohistoquímica é fundamental para a melhor precisão diagnóstica e deve-se dá importância na classificação correta, pois é primordial para a melhor avaliação prognóstica e terapêutica.
PALAVRA CHAVE
Frequência de doenças. Neoplasias de Mama. Biomarcadores tumorais
Área
GINECOLOGIA - Epidemiologia
Autores
Matheus Gaspar Miranda, Ciro Cassiano Sampaio Brito, Osvaldo Campos Pereira Neto, Maria Carolina Marques de Sousa Araújo, Mariano Lopes Silva Filho, Lucia Maria Rego Medeiros