59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

COMPROMETIMENTO HEPATOBILIAR EM MULHERES INTERNADAS COM SIDA/HIV+

OBJETIVO

Avaliar a ocorrência de comprometimento hepatobiliar em mulheres diagnosticadas com Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida (SIDA), internadas para controle clínico em um hospital universitário de Pernambuco (PE).

MÉTODOS

Estudo do tipo transversal de abordagem quantitativa, realizado na enfermaria de Doenças Infecto-Parasitárias do referido hospital. Os dados foram coletados em janeiro a dezembro de 2018, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o nº 2.877.855. A coleta contemplou dados clínicos, bioquímicos e sociodemográficos, obtidos a partir de informações registradas em prontuário. O tamanho da amostra foi calculado considerando nível de significância de 95%, um poder de teste (1 – β) de 80% e foram incluídas pacientes acima de 18 anos. As análises estatísticas foram realizadas com o software Minitab®. O teste de Qui-quadrado foi aplicado para excluir a hipótese de um possível comprometimento hepático associado à terapia antirretroviral (TARV).

RESULTADOS

A amostra foi composta por 37 mulheres, com idade média de 40 anos. Dessas, aproximadamente 90% estava em uso regular da TARV. Os resultados laboratoriais apresentam valores médios elevados de enzimas e índices de lesão hepatobiliar, sendo esses a alanina aminotransferase (ALT/TGO: 48,40±54,96), aspartato aminotransferase (AST/TGP: 87,64±227,28), índice de Rits (1,17±1,35), fosfatase alcalina (FA) (309,88±340,91) e gama glutamil-transferase (GGT) (137,55±185,80). Níveis inflamatórios elevados, com proteína C reativa (PCR) – média de 1,40±2,11, também foram verificados. Apesar disso, os parâmetros de função hepática pareceram não estar alterados (perfil de bilirrubinas e albumina normais). O uso da TARV não apresentou associação estatística com o aumento das enzimas de lesão hepática.

CONCLUSÕES

A SIDA está associada ao comprometimento hepático e biliar, principalmente por acelerar a evolução natural de infecções concomitantes e oportunistas, como o caso dos vírus hepatotrópicos B e C, podendo desencadear quadro de cirrose e/ou hepatocarcinoma. Desse modo, reforça-se a importância de um acompanhamento bioquímico e clínico regular, além de mais próximo, tendo em vista que algumas medicações, sobretudo da TARV, podem possuir caráter hepatotóxico, levando à piora de um quadro já desfavorável. Uma vez que se compreende o comportamento da doença, é possível realizar um manejo clínico eficaz, que venha promover uma assistência em saúde adequada a essa população.

PALAVRA CHAVE

IST; HIV; Dano hepatobiliar

Área

GINECOLOGIA - Doenças Sexualmente Transmissíveis

Autores

José Reginaldo Alves Queiroz Júnior, Jarson Pedro Costa Pereira, Letícia Sabino Santos, Lidiana Souza Holanda, Raquel de Arruda Campos Benjamim, Márcia Silva Oliveira, Agostinho Sousa Machado Júnior

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