Dados do Trabalho

TÍTULO

Resultados perinatais de gestações complicadas por ameaça de aborto no primeiro trimestre

OBJETIVO

Relatar o prognóstico perinatal de gestações complicadas pela ameaça de aborto espontâneo no primeiro trimestre

MÉTODOS

Estudo retrospectivo desenvolvido com pacientes atendidas no Pronto Socorro Obstétrico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, no período de janeiro de 2012 a abril de 2016. Os casos de gestantes atendidas com história de sangramento vaginal no primeiro trimestre de gestação no Serviço de Emergência Obstétrica do HCFMUSP e que apresentava gestação tópica e única, diagnóstico ultrassonográfico de ameaça de aborto, idade gestacional maior que 6 semanas e menor que 14 semanas confirmado por medida do comprimento cabeça-pescoço do embrião, acesso às informações sobre o parto incluído

RESULTADOS

21,3% das gestações evoluíram para aborto espontâneo em algum momento posterior da gestação; das gestações que progrediram para mais de 20 semanas, 8,1% tiveram sofrimento fetal agudo, 9,0% tiveram pré-eclâmpsia, 13,5% amniorrexe prematura e 23,4% parto prematuro. Em relação aos recém-nascidos, 15,3% nasceram com baixo peso, sendo 7,1% pequenos para a idade gestacional. As ocorrências de índice de Apgar menor que 7 no 1º e 5º minutos foram de 6,4% e 5,0%, respectivamente

CONCLUSÕES

As incidências de pré-eclâmpsia, prematuridade, sofrimento fetal agudo e restrição de crescimento intrauterino encontradas no presente estudo estão de acordo com as observadas em estudos anteriores. As incidências de aborto espontâneo, ruptura prematura de membranas, baixo peso ao nascer, índice de Apgar de primeiro e quinto minuto e pH da artéria umbilical ao nascimento foram divergentes dos apresentados por outros estudos da literatura.

PALAVRA CHAVE

aborto, sangramento no primeiro trimestre, prognóstico perinatal