59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

PANORAMA DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL REALIZADA NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL

OBJETIVO

Comparar a assistência pré-natal (PN) oferecida na região central do Rio Grande do Sul entre os períodos de janeiro de 2017 a junho de 2018, e janeiro de 2020 a janeiro de 2021, visando verificar o perfil das gestantes assistidas, a fim de identificar oportunidades de aprimoramento da assistência pré-natal.

MÉTODOS

Estudo transversal realizado com 4341 pacientes. Os dados foram coletados através de entrevista e/ou análise de prontuários eletrônicos de parturientes atendidas em hospital de referência para alto risco regional, entre janeiro de 2017 e junho de 2018 (período 1) e entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021 (período 2), na região central do Rio Grande do Sul. Foi realizada análise descritiva das variáveis e associação verificada pelo teste qui-quadrado, com nível de significância 5% (p valor <0,005).

RESULTADOS

O período 1 incluiu 3156 parturientes com idade média de 26,7±6,9 e o período 2 incluiu 1185 parturientes com idade média de 28,3±6,8 anos. O pré-natal de alto risco foi realizado por 25,1% das pacientes no período 1 e 34,0% no período 2 (p<0,0001). Realizaram pré-natal completo 82,7% no período 1, e 80% no período 2 (p=0,042). Nas gestantes que realizaram pré-natal de risco habitual no primeiro período, 28,6% tiveram hipertensão, 9,4% diabetes mellitus e 13% pré-eclâmpsia. Já as pacientes que realizaram pré-natal de alto risco neste mesmo período, a hipertensão estava presente em 40,7%, diabetes mellitus em 38,5% e a pré-eclâmpsia em 14,6%. Quanto às gestantes avaliadas no segundo período, aquelas que realizaram pré-natal de risco habitual apresentaram hipertensão em 37,3%, diabetes mellitus em 16,7% e pré-eclâmpsia em 15,5%. Nas que realizaram pré-natal de alto risco, 56% delas apresentaram hipertensão, 37,1% diabetes mellitus e 21,6% apresentaram pré-eclâmpsia.

CONCLUSÕES

Foi evidenciado aumento da frequência de gestações de alto risco no período 2. Ao mesmo tempo, observamos que gestantes com patologias como hipertensão e diabetes foram adequadamente atendidas no pré-natal de alto risco nos dois períodos avaliados. Uma vez que o acompanhamento de gestantes de alto risco em serviço especializado possui grande importância, o trabalho evidencia adequado acesso ao serviço de alto risco na região, favorecendo melhores resultados perinatais.

PALAVRA CHAVE

Cuidado Pré-Natal
Gestação de Alto Risco
Epidemiologia

Área

OBSTETRÍCIA - Obstetrícia Geral

Autores

NATÁLIA EVALDT STEIGLEDER, NATHALY MICHAELA MELO DA CONCEIÇÃO, JULIA TRAUTENMÜLLER, GIANA BEVILACQUA SCHMITZ, GABRIELA RECH, ALINE ABUD GOMES, CRISTINE KOLLING KONOPKA

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