Dados do Trabalho
TÍTULO
AVALIAÇÃO OBSTÉTRICA E DO PRÉ-NATAL EM GESTANTES PORTADORAS DE SÍFILIS
OBJETIVO
Avaliar epidemiologicamente a população quanto às variáveis obstétricas e o diagnóstico de sífilis de gestantes em Sergipe.
MÉTODOS
Estudo observacional descritivo do tipo transversal. Dados sobre história ginecológica, obstétrica e pré-natal foram coletados a partir de questionários com checklist e pela avaliação dos prontuários e dos cartões das 187 gestantes entrevistadas. Os critérios de inclusão foram idade acima de 18 anos que estavam realizando acompanhamento pré-natal em Unidades Básicas de Saúde e centros de atenção à gestante em Sergipe. Para a análise estatística, foram realizadas distribuição de frequência e testes de associação de variáveis utilizando o software de domínio público “R” e utilizada a análise univariada.
RESULTADOS
Das 187 entrevistadas, 7 gestantes tiveram resultado positivo para o exame VDRL, sendo que 5 (71,43%) delas encontravam-se na primeira gestação, 1 (14,29%) na segunda e 1 (14,29%) na terceira. Nenhuma dessas 7 gestantes possuía histórico de aborto anterior e todas elas iniciaram o pré-natal no 1º trimestre, mas nenhuma delas realizou consulta pré-concepcional, apesar de 4 (57,14%) delas terem afirmado que a gravidez foi planejada. Todas elas tinham o cartão do pré-natal com preenchimento completo, 4 (57,14%) faziam parte do grupo de pré-natal de alto risco e 3 (42,86%) do grupo de pré-natal de baixo risco. Quanto ao número de consultas pré-natais, 2 (28,57%) delas realizaram entre 4 e 6 consultas, 2 (28,57%) realizaram entre 7 e 9 consultas e 3 (42,86%) delas realizaram mais de 9 consultas de pré-natal. Além disso, dentre as que testaram positivo, 3 (42,86%) afirmaram ter recebido informações sobre a sífilis no pré-natal e 4 (57,14%) afirmaram não ter recebido essas informações.
CONCLUSÕES
Grande parte iniciou o pré-natal ainda no 1º trimestre de gestação, mas não houve boa adesão à consulta pré-concepcional mesmo entre as mulheres que afirmam gravidez planejada. Os cartões de pré-natal da maioria dessas mulheres encontravam-se devidamente preenchidos, porém nem todas compareceram a um número satisfatório de consultas, possivelmente por atraso na adesão ao pré-natal. Chamou atenção a quantidade de casos onde elas afirmaram não terem recebido orientações com relação à sífilis na gestação, principalmente entre as que receberam diagnóstico positivo.
PALAVRA CHAVE
Sífilis; Gravidez; Obstetrícia.
Área
OBSTETRÍCIA - Doenças Infecciosas
Autores
Júlia Dória Fontes, Vinícius da Silva Martins, Maria Luíza Souza Rates, Laís Baldin, Gabriela Oliveira Abreu de Faria, Alberto José da Costa Santos, João Eduardo Andrade Tavares de Aguiar, Júlia Maria Gonçalves Dias