Dados do Trabalho

TÍTULO

PSORÍASE PUSTULOSA EM GESTANTE E SEUS DESAFIOS NO TRATAMENTO: UM RELATO DE CASO

CONTEXTO

A psoríase pustulosa é uma condição dermatológica rara que pode acontecer durante a gestação, podendo assim, aumentar o risco de várias complicações. O tratamento de mulheres grávidas com psoríase pustulosa é um desafio devido aos riscos de teratogenicidade. Em casos graves, imunossupressores podem ser necessários. Este relato de caso descreve uma paciente grávida que não respondeu a várias tentativas de tratamento até que o Certolizumab Pegol foi iniciado, proporcionando um controle clínico significativo.

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

Gestante de 28 semanas, interna em hospital por quadro de psoríase pustulosa extensa. Fazia uso prévio de ciclosporina porém com a gestação, foi necessário aumento da dose. Após aumento, paciente evoluiu com insuficiência renal causada pela nefrotoxicidade da ciclosporina. Assim sendo, após tentativas de manejo, foi optado por iniciar imunobiológico Certolizumab Pegol, que após duas doses do medicamento, houve esmaecimento das lesões e melhora clínica significativa.

COMENTÁRIOS

A psoríase pustulosa é uma doença autoimune inflamatória rara da pele, caracterizada por pústulas estéreis em placas eritematosas que pode ser exacerbada durante a gestação devido às alterações hormonais e imunológicas deste período, podendo assim aumentar o risco de restrição de crescimento fetal, aborto espontâneo, pré-eclâmpsia entre outros.
Quando ocorre em gestantes, seu tratamento pode representar um desafio no tratamento devido à necessidade de considerar a segurança do feto em relação às opções terapêuticas disponíveis. O uso de corticosteróides é considerado uma opção segura em baixas doses, especialmente quando aplicados topicamente, uma vez que não foram observados efeitos teratogênicos significativos.
Em quadros resistentes durante a gestação, a utilização de imunossupressores pode se tornar uma opção necessária. O Certolizumab Pegol (CZP) é um anti-TNF alfa classificado como categoria B na gravidez. Apesar disso, diversos estudos, em pacientes não gestantes, demonstram uma melhora drástica na gravidade dos sintomas em mais de 50%. O Consenso Brasileiro de Psoríase recomenda que, em casos excepcionais em que o uso de CZP seja considerado indispensável em gestantes, ele deve ser utilizado com um monitoramento cuidadoso do feto que inclua ultrassonografia. Assim sendo, o tratamento da psoríase pustulosa em gestante deve ser individualizado e visando sempre o bem estar fetal em conjunto com o materno.

PALAVRAS-CHAVE

Psoríase pustulosa ; Gestação ; Segurança fetal