Dados do Trabalho
TÍTULO
ESTADIAMENTO E RECIDIVA DO CÂNCER DE MAMA: ÓBITO EM MULHERES COM ATÉ 50 ANOS DIAGNOSTICADAS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO
OBJETIVO
Avaliar a associação entre o estadiamento clínico e a recidiva do câncer de mama em mulheres de até 50 anos e o óbito em até 5 anos após diagnóstico em um Hospital Terciário do Rio Grande do Sul.
MÉTODOS
Estudo de coorte histórica composto por 276 pacientes de até 50 anos com diagnóstico de câncer de mama no período de 2010 a 2014. Foi realizado acompanhamento das pacientes por meio do prontuário por cinco anos a partir da data de diagnóstico para identificar o desfecho da doença. O período pós diagnóstico foi até 31/12/2019. Realizou-se análise descritiva das variáveis e associação verificada pelo teste de associação do Qui-quadrado, com nível de significância de 5% (p<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob CAAE 29816220.6.0000.5346.
RESULTADOS
Foram consideradas 218 pacientes para análise de estadiamento e 189 pacientes para recidiva tumoral; foram excluídas 58 e 87 pacientes, respectivamente, por falta de informações nos prontuários. Quanto ao estadiamento das pacientes, 57 (26,1%) eram estádio I, 94 (43,1%) estádio II, 54 (24,7%) estádio III, 13 (5,9%) estádio IV. Na análise de óbito em 5 anos, a porcentagem de óbito em pacientes do estádio IV foi de 69,2%, a qual é 13,3 vezes maior comparada a pacientes do estádio I. O óbito no estádio II e III foi, respectivamente, 10,6% e 37%. Houve a recidiva do câncer de mama dentro do grupo de estudo em 57 (30,1%) das pacientes. A recidiva apresentou-se associada ao óbito, sendo que 37 (64,9%) das pacientes com recidiva foram a óbito, 43,2 vezes mais comparado a pacientes que não tiveram recidiva.
CONCLUSÃO
Observa-se que o estadiamento clínico mais avançado (graus III e IV) do câncer de mama, bem como a recidiva tumoral, apresentaram uma taxa de óbito significativamente superior em mulheres diagnosticadas no Hospital Terciário deste estudo. Ao encontro do que já está descrito na literatura, estádios elevados e recidiva acabam sendo fatores de risco para o pior prognóstico. Desse modo, fica evidente a importância do diagnóstico precoce, início e seguimento do tratamento do câncer de mama, com o intuito de evitar piores desfechos.
PALAVRAS-CHAVE
Câncer de Mama; Estadiamento do Câncer; Diagnóstico Precoce; Óbito; Recidiva.
Área
GINECOLOGIA - Mastologia
Autores
GEAN SCHERER DA SILVA, EDI FRANCIELE RIES, FERNANDA DE FÁTIMA FERREIRA, ANA BEATRIZ DE PAULA BARRETO, CAMILA SALES FAGUNDES, RODRIGO MAURER DA SILVA