Dados do Trabalho
TÍTULO
Gravidez na adolescência: uma análise descritiva de partos de nascidos vivos em Santa Catarina.
OBJETIVO
Analisar os dados dos nascidos vivos de mães adolescentes, no estado de Santa Catarina, entre os anos de 2011 a 2021, e as suas características gestacionais.
MÉTODOS
Trata-se de estudo epidemiológico observacional retrospectivo e descritivo, cujos dados foram coletados do DATASUS/TABNET. Foram aplicados filtros referentes à idade da mãe, abrangendo de 10 a 19 anos, e a unidade da federação, sendo selecionada Santa Catarina. A partir daí, foram extraídas as informações de interesse do estudo: duração da gestação, tipo de gravidez, tipo de parto e quantidade de consultas de pré-natal realizadas durante a gestação. Foram, então, aferidas as frequências absolutas das características gestacionais da população.
RESULTADOS
Em Santa Catarina (SC), o total de partos de nascidos vivos (NV) de mães adolescentes foi de 133.550 (12,8% dos NV). Com relação a duração da gestação, 84,4% (112.773) durou de 37 a 41 semanas, enquanto 15.536 (11,6%) foram considerados prematuros, com duração da gestação abaixo de 37 semanas. Destas, 91 (0,07%) duraram menos de 22 semanas, 788 (0,6%) de 22 a 27 semanas, 1530 (1,1%) de 28 a 31 semanas e 13.127 (9,8%) com gestação durando de 32 a 36 semanas. Em relação ao tipo de gravidez, 131.947 (98,8%) foram gestações únicas, enquanto 1.484 (1,1%) eram gestações duplas, e 13 (0,01%) eram triplas ou mais. Quanto a informação “quantidade de consultas de pré-natal”, 1.410 (4,5%) das gestantes não realizaram nenhuma consulta de pré-natal; 9.335 (7%) realizaram de 1 a 3 consultas; 37.714 (28,2%) realizaram de 4 a 6 consultas; 84.669 (63,4%) realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal. Por fim, quanto ao tipo de parto, 77.150 (57,8%) ocorreram por via vaginal, enquanto 56.270 (42,1%) foram cesarianas.
CONCLUSÃO
A análise dos dados permite inferir que ainda há um alto número de gestações na adolescência em Santa Catarina, mas, quando comparado a outros estados brasileiros como o Acre e o Amazonas, que 25,7% e 25,4% das gestações são na faixa etária entre 10 e 19 anos, respectivamente, essa porcentagem é pequena. Além disso, observa-se também, que esta faixa etária conta ainda com índices consideráveis de baixo número de consultas de pré-natal, quase 40% possuíam menos de 6 consultas. Logo, são necessários mais estudos e estratégias para informar essas jovens mães da importância do pré-natal para a saúde materno-fetal.
PALAVRAS-CHAVE
Gravidez na adolescência; Nascidos vivos; Epidemiologia.
Área
GINECOLOGIA - Epidemiologia
Autores
Karoline Machado Vieira, Lucía Alejandra Bolis Castro, Verônica Canarim de Menezes, Thaisy Zanatta Aumonde, Marisol Santana Lima, Isadora Flávia Oliveira, Leandro Fossati Silveira