61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES DE MULHERES POR ENDOMETRIOSE NO BRASIL

OBJETIVO

Analisar o perfil epidemiológico de internações de mulheres com endometriose no Brasil, entre 2018 e 2022.

MÉTODOS

Estudo ecológico, descritivo e exploratório, a partir da coleta de dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na aba Morbidade Hospitalar do SUS geral, por local de internação, a partir de 2018, abrangendo as regiões brasileiras. Na sessão linha foi selecionado “Ano processamento”, na coluna, “Faixa etária 1”, e, no conteúdo, “Internações”, durante o período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. Na Lista de Morbidades CID-10, foi incluída a categoria “Endometriose”. As informações são públicas, assim não é necessário de submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa.

RESULTADOS

Entre os anos de 2018 a 2022, foram registrados 53.941 internações do sexo feminino por endometriose. O ano de 2022 apresentou o maior número absoluto de internações (14.134), equivalendo a um aumento de 14,6% em relação a 2018 (12.323).As demais comparações entre os anos mostraram redução das internações de 2018 até 2020 (7.306). Em relação ao ano de 2019 (12.046) a 2020 (7.306), percebeu-se uma diminuição significativa do número de internações, com diminuição de 39,3% em 2020. Logo após, teve um aumento de 11,3% de 2020 a 2021 (8.132), e um aumento de 73% entre 2021 e 2022. As três faixas etárias mais acometidas, em ordem decrescente, foram as de 40 a 49 anos (23.101), 30 a 39 anos (13.332) e 50 a 59 anos (7.753). Das faixas etárias que haviam apresentado redução no ano de 2020, as de 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 anos ou mais contabilizaram incremento das internações em 2022, com aumento absoluto de, respectivamente, 374, 1.302, 3.286, 1.071, 525, 214 e 35. Excetuando-se a de 10 a 14 anos e a de 15 a 19 anos, todas as faixas etárias apresentaram aumento das internações em comparação a 2018.

CONCLUSÃO

O número total de internações de brasileiras por endometriose reduziu de 2018 a 2020, e teve um crescimento em 2021 e 2022, acometendo principalmente as mulheres de 40 a 49 anos. Dessa forma, faz-se necessário reforçar a importância de consultas regulares ao ginecologista, ou, ainda, rastrear e diagnosticar precocemente a endometriose, a fim de não interferir na fase reprodutiva da mulher, assegurando uma qualidade de vida a essas pacientes e diminuindo o número de internações.

PALAVRAS-CHAVE

Endometriose; Internação; Epidemiologia;

Área

GINECOLOGIA - Endometriose

Autores

Verônica Canarim de Menezes, Lucía Alejandra Bolis Castro, Karoline Machado Vieira, Isadora Flávia de Oliveira, Marisol Santana de Lima, Thaisy Zanatta Aumonde, Leandro Fossati Silveira