Dados do Trabalho
TÍTULO
Avaliação da massa óssea em mulheres com insuficiência ovariana prematura em uso de terapia hormonal.
OBJETIVO
Comparar os parâmetros de densidade mineral óssea, qualidade óssea e composição corporal de mulheres com Insuficiência Ovariana Prematura (IOP) em diferentes esquemas de terapia hormonal (TH).
MÉTODOS
Trata-se de um estudo de corte transversal. Dos 948 prontuários revisados, 199 mulheres foram diagnosticadas com IOP, destas 122 foram selecionadas, 29 não puderam ser incluídas na pesquisa por perda do seguimento ambulatorial, 7 não quiseram participar, 13 não estavam em uso da TH e 3 estavam em tratamento há menos de 6 meses, restando 70 mulheres elegíveis. Não foi possível realizar a análise estatística no grupo que recebeu contraceptivos combinados (N=7), sendo assim dois grupos foram formados: 1. terapia hormonal convencional oral (THCo) e 2. terapia hormonal convencional transdérmica (THCt).
RESULTADOS
Com relação às características demográficas e clínicas não houve diferença entre os grupos quanto à cor da pele (p=0,81), etiologia da IOP (p=0,77), história de fratura (p=0,79), atividade física (p=0, 63), tabagismo (p=0,10 ), alcoolismo (p=0,45), exposição solar (p=0,40), alimentação rica em cálcio (p=0,79), suplementação de cálcio (p=0,34) e de vitamina D (p=0,48). No entanto, verificou-se que a idade foi maior no grupo que recebeu THCt com média de 38,85 anos e desvio padrão de 6,37 e o grupo THCo teve média de 34,14 anos e desvio padrão de 7,41 (p = 0,047). Não houve diferença nos parâmetros de massa óssea entre os grupos THCo e THCt, havendo semelhança entre os grupos quanto ao T escore de corpo total (p=0,56), coluna vertebral (p=0,48) e fêmur (p=0,22) ou pelo Z escore de corpo total (p=0,62), coluna vertebral (p=0,58) e fêmur (p=0,58). Em relação à composição corporal, não houve diferença entre os grupos quanto ao Índice de massa corpórea (p=0,32), massa livre de gordura (p=0,92), massa gorda (p=0,71) e taxa de metabolismo basal (p=0,89).
CONCLUSÃO
Não houve diferença nos parâmetros ósseos e de composição corporal em usuárias de THCo ou THCt, sendo ambas efetivas em manter a saúde óssea. A diferença de idade entre os grupos não afetou a saúde óssea e este achado pode ser explicado pelo fato de que, como esse medicamento não está disponível no SUS, ele é prescrito para as mulheres com mais comorbidades, o que geralmente ocorre em mulheres um pouco mais velhas.
PALAVRAS-CHAVE
Insuficiência Prematura do Ovário, Terapia de Reposição Hormonal, fatores de risco, densitometria óssea.
Área
GINECOLOGIA - Endocrinologia Ginecológica
Autores
LIVIA VIANA TREVISAN, ANA CAROLINA JAPUR DE SÁ ROSA E SILVA, FRANCISCO JOSÉ ALBUQUERQUE DE PAULA, VICTORIA ISSA CHODRAUI, JOAO ANTONIO VANNUCCI PALUAN, JULIA VIANA TREVISAN