61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Hiperestimulação ovariana controlada para tratamento da infertilidade em mulheres com endometriose

OBJETIVO

Analisar a eficácia da hiperestimulação ovariana controlada associada à reprodução assistida em mulheres com endometriose para tratamento de infertilidade.

FONTE DE DADOS

Trata-se de uma revisão sistemática de ensaios clínicos controlados e randomizados da base de dados National Library of Medicine (MedLine) publicados em inglês entre 2018 e 2023. Os descritores utilizados, mediante consulta ao Medical Subject Headings (MeSH), foram: “endometriosis”, “infertility” e “pregnancy".

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram encontrados 11 artigos e após os critérios de inclusão e exclusão, fizeram parte do escopo final 5 estudos que envolveram mulheres com menos de 40 anos com diagnóstico de endometriose em diferentes estágios de gravidade, porém com funções ovarianas normais, e que apontavam como critério de exclusão mulheres que apresentavam outras patologias ginecológicas ou causas coexistentes de infertilidade, como síndrome do ovário policístico. Ademais, foram excluídos trabalhos com métodos pouco claros e mal descritos.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Os artigos selecionados foram interpretados e, posteriormente, anotações com as conclusões foram realizadas. A escala PRISMA foi utilizada para melhorar o relato desta revisão.

SÍNTESE DE DADOS

A endometriose constitui uma das principais causas de infertilidade em mulheres em idade fértil, uma vez que as lesões endometrióticas criam um ambiente desfavorável para a fertilização de oócitos e para o desenvolvimento inicial de um embrião. Nesse contexto, os artigos analisados apontam que a hiperestimulação ovariana controlada em conjunto com a inseminação intrauterina (COH-IUI) ou fertilização in vitro (COH-FIV), seguidas do tratamento laparoscópico, fomenta os resultados clínicos da gravidez, uma vez que aumenta o número de embriões viáveis e diminui os fatores inflamatórios da endometriose. No entanto, ao comparar progestágenos e agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRHa) para hiperestimulação ovariana controlada, percebe-se que ambos aumentam o número de embriões viáveis, a taxa de implantação e a taxa de nascidos vivos.

CONCLUSÃO

As evidências analisadas indicam que a hiperestimulação ovariana controlada agrega um bom resultado à reprodução assistida e, por isso, deve ser implementada. No que tange a comparação entre progestágenos e agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina, nota-se a necessidade de maiores ensaios clínicos randomizados, a fim de elencar a opção mais promissora.

PALAVRAS-CHAVE

Endometriosis; Infertility; Pregnancy.

Área

GINECOLOGIA - Endometriose

Autores

Karina de Oliveira Rossi, Ana Clara Netto Armando Fiche , Helena Iatarola Milagres, Fabiane Leite Alonso, Sâmia Fonseca Abdo, Lívia Neves Vilela, Simone Aparecida Lopes de Oliveira