Dados do Trabalho

TÍTULO

CUSTO REAL DA IMPLEMENTAÇÃO DO IMPLANTE INTRADÉRMICO NO PROGRAMA DE SAÚDE PÚBLICA

OBJETIVO

Buscar na literatura evidências sobre os benefícios socio-econômicos e os desafios para a saúde pública quanto ao uso do Implanom no planejamento familiar.

FONTE DE DADOS

Revisão sistematizada da literatura nas bases de dados MEDLINE, PubMed e CINAHL das produções dos últimos 10 anos.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Os descritores utilizados foram: “Contracepção”, “Implante”, “Planejamento familiar”, “Saúde pública”, os quais foram conjugados para delimitação da busca. Foram selecionados 11 artigos ao final das etapas de busca, sendo incluídos estudos de natureza ensaios clínicos randomizados, clinical trial e relatos de caso.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Foram selecionados aqueles nos quais as pacientes usavam como métodos contraceptivos os implantes intradérmicos. Além disso, para seleção dos artigos utilizados no estudo, foram excluídos aqueles que as pacientes faziam uso de outros tipos de contracepção que não fossem os métodos de longa duração.

SÍNTESE DE DADOS

Dos 11 artigos selecionados, os anos de 2016, 2018 e 2020 foram os mais prevalentes com 25% das publicações cada. Em relação ao país de origem dos estudos, 36,37% foram conduzidos nos Estados Unidos da América, seguidos pelos estudos realizados no Brasil (18,19%). Entre os estudos selecionados 7 abordam pacientes em uso do implante intradérmico como forma contraceptiva isolada, seguido por 3 de contraceptivos de longa duração (LARCs) de uma forma geral e em 1 deles faz-se uma comparação entre o implante e o sistema intrauterino hormonal. Quanto ao benefício econômico, apenas 1 artigo evidenciou superioridade do implante intradérmico em relação aos sistemas intrauterinos de cobre; os demais constataram um custo mais elevado, o que permite questionar a real vantagem. Contudo, em relação ao custo para o sistema de saúde público de uma gestação a longo prazo, é possível destacar um potencial econômico significativo no uso dessa forma de contracepção. Em detrimento aos desafios da gestão pública de saúde, a taxa de descontinuação é relevante. Dentre as causas citadas, encontram-se aquelas relacionadas aos efeitos colaterais do uso do implante, mas também à desinformação quanto ao seguimento e a duração, e o perfil sociodemográfico.

CONCLUSÃO

Evidenciou-se que o uso de implantes no planejamento familiar possui um impacto positivo quanto a sua eficácia contraceptiva, ao custo operacional para inserção e para a redução de gasto público subsequente com todo o planejamento gestacional e controle de fecundidade, contudo é valido ressaltar que a taxa de descontinuação é um desafio para a gestão em saúde pública.

PALAVRAS-CHAVE

Implante; custo; saúde pública; contracepção.