Dados do Trabalho

TÍTULO

Revisão de técnicas para redução da percepção álgica na inserção de dispositivos intrauterinos

OBJETIVO

Analisar e reunir, o que se tem na literatura de mais relevante sobre a redução da percepção álgica na inserção de DIU’s.

FONTE DE DADOS

Foram analisados ensaios clínicos controlados e randomizados, publicados em inglês, nos últimos 5 anos, como referência a base de dados MedLine, pelos descritores Intrauterine Device; pain; insertion.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Selecionados estudos com pacientes não gestantes e não portadoras de patologia genital e, excluídos aqueles com métodos pouco claros ou mal descritos. Inicialmente encontrados 24 artigos e após aplicação dos critérios, 6 fizeram parte do escopo final.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

A graduação numérica da dor foi tida através de uma Escala Visual Analógica (EVA)

SÍNTESE DE DADOS

Ao comparar a inserção do DIU pela técnica direta (G1), isto é, sem histerometria ou tração de colo, e pela técnica convencional (G2), pacientes G1 apresentaram menor incidência de dor >= 4 na EVA após o procedimento com diferença significativa (P=0,007). O uso de misoprostol e dinoprostona foi analisado e os escores de satisfação foram maiores do que no grupo placebo, sendo significativamente maior no grupo dinoprostona (P=0,02). Ao comparar a Manobra de Valsalva (MV) em substituição ao tenáculo, dor intensa foi relatada por 58,2% do grupo tenáculo, enquanto 57,7% do grupo MV não relataram dor. A técnica de analgesia verbal, com esclarecimentos durante o procedimento, baixo tom e velocidade de fala lenta, foi comparada ao Tramadol e o nível médio de dor foi 4,5 e 5,0, respectivamente. Mulheres que tiveram aplicação de gliceril trinitrato em lábios cervicais relataram pontuações EVA mais baixas durante a colocação do tenáculo, som e inserção do DIU (p < 0,0001; p < 0,001; p < 0,0001, respectivamente) quando comparadas ao grupo placebo. Pacientes submetidas a spray de lidocaína a 10% apresentaram VAS significativamente menor imediatamente após o procedimento (p=0,002)

CONCLUSÃO

Os nociceptores cervicais fazem com que o procedimento de inserção dos DIU’s seja doloroso, além da ansiedade que aumenta os níveis de dor, destacando a importância da relação médico-paciente. A redução da percepção álgica torna a experiência satisfatória para a paciente e beneficia também o provedor na realização e redução de complicações. Apesar dos muitos estudos, ainda não há na literatura, diretrizes claras e padronizadas para a inserção confortável de DIU’s em ambiente ambulatorial, reforçando a necessidade de pesquisas com maiores amostras.

PALAVRAS-CHAVE

: “Dispositivo intra-uterino”; “dor”; “inserção”