61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

MÉTODOS UTILIZADOS PARA ESVAZIAMENTO UTERINO EM UMA CAPITAL DA AMAZÔNIA OCIDENTAL NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2021 A DEZEMBRO DE 2022

OBJETIVO

Tal estudo quantitativo tem como objetivo verificar o número de casos, idade gestacional, método terapêutico e indicação para realização do procedimento de esvaziamento uterino de puérperas e mulheres assistidas em abortamento.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal quantitativo, no qual as informações foram coletadas através na análise de dados encontrados no TABNET/DATASUS, e portanto não necessitando de aprovação por Comitê de Ética e Pesquisa, sendo selecionados os casos de puérperas e mulheres em abortamento assistidas entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022. As variáveis, número de casos, idade gestacional, método de esvaziamento uterino e indicação do procedimento, foram tabuadas e quantificadas no Microsoft Excel.

RESULTADOS

O número de procedimentos de esvaziamento uterino realizados nos anos analisados foi de 740 e 668, em 2020 e 2021, respectivamente. Em relação à idade gestacional, 62,8% (884) dos casos se encontravam no primeiro trimestre de gestação (1-13 semanas), 4,6% (65) no segundo trimestre (14-26 semanas), 5,8% (81) eram puérperas e 26,9% (378) dos casos tiveram essa informação ignorada. No que diz respeito ao tipo de procedimento realizado, 71,7% (1009) foram curetagens e 28,3% (399) aspirações manuais intrauterinas (AMIU). Por fim, no que se refere às causas do procedimento: 44,1% (618) abortos incompletos, 38,9% (546) abortos retidos, 10% (139) gestações anembrionadas, 5,2% (81) restos de membranas pós parto, 0,8% (10) abortos legais e 1% (14) ignorados.

CONCLUSÃO

Nota-se, portanto, que seguindo taxas já amplamente conhecidas, há maior incidência da necessidade de esvaziamento uterino por abortamento incompleto no primeiro trimestre. Em relação à maior utilização da curetagem como método de esvaziamento uterino, não há, em literatura, significativas vantagens na utilização de um método sobre o outro. É importante ressaltar, por fim, que muito além dos números, a assistência integral e de qualidade às pacientes submetidas a estes procedimentos normatizados desde 1999 pelo Sistema Único de Saúde, é essencial para o desfecho favorável dos casos.

PALAVRAS-CHAVE

Aborto; Métodos terapêuticos; Assistência à saúde.

Área

OBSTETRÍCIA - Epidemiologia das doenças gestacionais

Autores

Geovana Maria Pessoa Campos , Maria da Conceição Ribeiro Ribeiro Simões, Karine Graziele Soares Magalhães , Elisa Iglesias Rosa, Dyesk Rezende Galante Rezende Galante , Juliane de Medeiros Silva, Luisa de Oliveira e Silva, Daniela Linhares