Dados do Trabalho

TÍTULO

ANÁLISE DO NÚMERO DE CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA RELACIONADO À MENOR GRAU DE ESCOLARIDADE: BRASIL, 2017-2021

OBJETIVO

Descrever a relação entre o perfil de escolaridade das mulheres no Brasil e o número de sífilis congênita (SC) entre 2017 e 2021.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal, realizado baseado em dados coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), realizado a partir da seleção de Doenças e Agravos de Notificação (SINAN). A pesquisa foi restringida entre os anos de 2017 a 2021, faixa etária materna de 15 a 39 anos, e os grupos de “analfabeto”, “5° a 8° série incompleto”, “ensino médio incompleto” e "educação superior incompleta”. Logo, por ser um estudo de banco de dados público, não foi necessária aprovação em Comitê de Ética e Pesquisa.

RESULTADOS

A partir dos dados coletados, constatou-se um total de 36.537 casos no período analisado de sífilis congênita no Brasil em mulheres com baixa escolaridade. O maior percentual de casos encontrados foi naquelas com ensino fundamental incompleto, entre a 5ª e 8ª série, totalizando 58,12%. Além disso, destacam-se as analfabetas, com 1,36%, aquelas com ensino médio incompleto, marcando 37,34%, e com educação superior incompleta, representando 3,18% dos casos.

CONCLUSÃO

O conceito de que a baixa escolaridade é um dos fatores de risco para a prevalência da sífilis congênita no Brasil é corroborado pela pesquisa realizada no DATASUS, que apresentou um número significativo de incidência da doença no cenário de mães com grau de formação inferior ao ensino médio completo. Portanto, estratégias públicas pré-natais que garantam entendimento efetivo do paciente acerca da doença, necessidade do tratamento da gestante e parceria sexual e consequências para o feto, considerando, sobretudo, o perfil educacional da paciente, são essenciais no combate à infecção congênita.

PALAVRAS-CHAVE

Sífilis Congênita; Complicações Infecciosas na Gravidez; Escolaridade; Gravidez de Alto Risco; Educação Pré-Natal.