61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Eficácia da glicose média estimada e outros biomarcadores de disglicemia para prever anormalidades antropométricas, metabólicas e endócrinas associadas em mulheres com diferentes fenótipos da síndrome dos ovários policísticos

OBJETIVO

Avaliar a eficácia da glicose média estimada e outros biomarcadores de disglicemia para prever anormalidades antropométricas, metabólicas e endócrinas associadas em mulheres com diferentes fenótipos da síndrome dos ovários policísticos (SOP).

MÉTODOS

Este estudo observacional transversal elegeu 648 mulheres com SOP e 330 mulheres sem SOP em idade reprodutiva. A todas as mulheres incluídas foi aplicado um único protocolo de investigação. As mulheres com SOP foram divididas por fenótipos de acordo com os critérios de Rotterdam. Biomarcados de disglicemia foram considerados como variáveis dependentes e foram examinados como preditores de alterações antropométricas, lipídicas e hormonais por meio de regressões logísticas univariadas e multivariadas.

RESULTADOS

A SOP como um todo era cerca de dois anos mais jovem do que os controles sem SOP (p<0,001). Em relação aos fenótipos da SOP, mulheres com fenótipo A apresentaram com maior frequência alterações nos parâmetros antropométricos. A análise de regressão logística univariada, controlada por idade e IMC, mostrou que muitos biomarcadores de disglicemia podem prever anormalidades em diversas variáveis independentes. Em mulheres sem SOP, eAG predisse níveis mais baixos de TSH (OR=0,3; p=0,045), glicemia de jejum predisse níveis aumentados de T (OR=2,3; p=0,039). Na SOP, fenótipo A, a glicemia de jejum previu aumento do IFA (OR=1,9, p=0,014) e a insulina de jejum previu aumento do VAI (OR=3,1;p=<0,001). Na SOP, fenótipo B, glicemia de jejum e insulina de jejum predisseram FAI (OR=1,2, p=0,004) (OR= 1,9, p=0,018), respectivamente.

CONCLUSÃO

O presente estudo demonstrou que o eAG não apresenta benefícios significativos em predizer alterações antropométricas, lipídicas e hormonais do que outros marcadores estabelecidos de disglicemia em mulheres com SOP. Mas este biomarcador eAG em mulheres com SOP tem o fenótipo A previsto em níveis baixos de HDL-C e lipídios mais elevados no fenótipo D. AUCgluc e AUCins não são necessários para prever adiposidade, lipídios e anormalidades androgênicas na SOP.

PALAVRAS-CHAVE

Polycystic ovary syndrome, biomarkers, insulin resistance, androgens, dyslipidemia

Área

GINECOLOGIA - Endocrinologia Ginecológica

Autores

Sebastião Freitas de Medeiros, Ana Karine Lin Winck Yamamoto, Matheus Antonio Souto de Medeiros, Anna Bethany da Silva Carvalho, Márcia Marly Winck Yamamoto, Jose Maria Soares Junior, Edmund Chada Baracat