61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

USO DE REDES SOCIAIS DURANTE A GESTAÇÃO E O PÓS-PARTO: MEIO DE EDUCAÇÃO OU DESINFORMAÇÃO?

OBJETIVO

Avaliar como gestantes e mulheres no pós-parto usam as redes sociais como meio de informação sobre saúde, com enfoque nas disfunções do assoalho pélvico (DAP), compreender como as redes sociais influenciam na percepção de confiabilidade de conteúdos de saúde, avaliar a compreensão das pacientes a respeito das DAP e do tratamento com fisioterapia.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional, transversal e qualitativo. Foram recrutadas no total 100 mulheres adultas (50 gestantes e 50 mulheres no pós-parto) com idade acima de 18 anos, em qualquer período gestacional e até um ano de pós-parto. A população analisada foi recrutada do Hospital Universitário II da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e do Amparo Maternal. As pacientes assinaram o TCLE e em seguida preencheram a ficha de anamnese com dados demográficos e obstétricos. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (CAAE: 61821922.7.0000.5505). Foi aplicado também um questionário que aborda as preferências das pacientes quanto ao uso das redes sociais, a sua frequência de uso, o interesse pela busca de conteúdos da área da saúde, a percepção da confiabilidade das informações nas redes sociais e o conhecimento das DAP e tratamento com fisioterapia. A análise estatística descritiva dos dados foi feita no software JAMOVI versão 2.3.13.

RESULTADOS

O perfil geral encontrado foi de um público jovem (30,14± 6,48) que acessa suas redes sociais diariamente e que usa Whatsapp e Instagram sobretudo. A maioria utiliza as redes sociais para aprender sobre saúde (65%) e para pesquisar sobre doenças (77%), tendo Youtube e Instagram como preferência. A maioria referiu que verifica as fontes de informação das publicações relacionadas à saúde (74%) e 16% das pacientes não acredita que as fontes são confiáveis em geral. Embora 41% referiram queixas compatíveis com sintomas de DAP, a maioria (74%) não conhecia termos médicos relativos a DAP e nunca viu uma publicação sobre DAP (72%). 52% referiu saber da importância da fisioterapia durante a gestação e pós-parto, mas 72% desconhecia a sua importância na prevenção e tratamentos das DAP.

CONCLUSÃO

Foi observado um frequente uso redes sociais como ferramenta de busca por informações sobre saúde. As publicações podem gerar uma percepção de confiabilidade em muitas pessoas, embora as fontes da informação não sejam conferidas. Notou-se baixo conhecimento sobre as DAP, sobre seus termos técnicos e sua baixa divulgação em redes sociais.

PALAVRAS-CHAVE

rede social, gravidez, pós-parto, puerpério, distúrbios do assoalho pélvico, questionários

Área

GINECOLOGIA - Uroginecologia

Autores

Leticia Miyuki Ito, Amanda Cruz de Amorim, Pietra Giulia de Oliveira Murer, Luana Caran Roque, Marair Gracio Ferreira Sartori, . GPAP Study Group