Dados do Trabalho
TÍTULO
Perfil epidemiológico dos nascidos vivos de mães adolescentes na região Nordeste entre 2017 e 2021
OBJETIVO
Descrever o perfil epidemiológico dos nascidos vivos de mães adolescentes na região Nordeste entre 2017 e 2021.
MÉTODOS
Estudo epidemiológico descritivo de corte transversal cujos dados foram coletados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), no qual foram pesquisadas as variáveis faixa etária, instrução da mãe, adequação quantitativa de pré-natal, duração da gestação e peso ao nascer. Em seguida, os dados foram lançados no Microsoft Word para serem tabulados. A pesquisa não foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa tendo em vista que os dados são secundários e de domínio público.
RESULTADOS
O número de nascidos vivos de mães adolescentes na região Nordeste no período entre 2017 e 2021 é de 720.799. Desse valor, a faixa etária mais prevalente das mães foi de 15-19 anos (94,7%), enquanto a faixa etária de 10-14 anos tem uma porcentagem inferior (5,2%). A escolaridade da maioria dessas mães era de 8-11 anos de estudo (64,3%), seguida de 4-7 anos de estudo (29,8%). O pré-natal foi feito de forma mais que adequada pela maioria das gestantes na faixa etária de 15-19 anos (310.809 de 720.799%) e em menos que a metade na faixa de 10-14 anos (14.459%), já a porcentagem de pré-natais inadequados também foi maior entre as adolescentes de 15-19 anos (184.318%) do que entre as de 10-14 anos (12.752%). Em relação à duração da gestação, a porcentagem dos nascidos vivos prematuros das mães da faixa etária de 15-19 (43,1%) excedeu a dos recém nascidos prematuros de mães com idade de 10-14 anos (11,5%). O peso ao nascer mais incidente foi de 3000 a 3999 gramas (61,4%), superando a porcentagem dos bebês com peso menor que 2500 gramas (9,3%) e dos com peso maior que 4000 gramas (3,5%).
CONCLUSÃO
No Nordeste, a maioria das mães adolescentes de nascidos vivos entre 2017 e 2021 tinha escolaridade superior a 8 anos de estudo e aquelas com idade de 15 a 19 anos formavam a maior parte da amostra. A avaliação do pré-natal demonstrou que uma idade maior está associada à melhor adequação quantitativa desta. A prematuridade foi mais prevalente na faixa de 15 a 19 anos, idade que também se associa com pré-natal mais inadequado. O peso entre 3000 a 3999 gramas foi o mais prevalente, o que pode ser resultado do melhor acompanhamento pré-natal pelas mães adolescentes que compõem a maioria da amostra. Portanto, destaca-se a importância de promover educação em saúde, que conforme demonstrado, modifica desfechos gestacionais desfavoráveis.
PALAVRAS-CHAVE
Gravidez; Nascidos Vivos; Epidemiologia; Gravidez na Adolescência
Área
GINECOLOGIA - Epidemiologia
Autores
Marisol Santana de Lima, Lucía Alejandra Bolis Castro, Thaisy Zanatta Aumonde, Verônica Canarim de Menezes, Isadora Flávia de Oliveira, Karoline Machado Vieira, Leandro Fossati Silveira