61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Análise comparativa da prevalência da prematuridade no Brasil no período pré e pós pandêmico.

OBJETIVO

Comparar a prematuridade no Brasil e em suas 5 regiões antes e depois da pandemia do COVID-19.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico observacional retrospectivo e descritivo,cujos dados foram coletados do DATASUS/TABNET. Analisou-se os registros de nascimentos com menos de 37 semanas (prematuros) durante o período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022 . A seguir, os dados foram tabulados no Microsoft Excel para serem interpretados e analisados. Como os dados são secundários e de domínio público, a pesquisa não foi submetida ao Comitê de Ética.

RESULTADOS

Durante o período estudado, o Brasil apresentou uma diminuição gradativa no número de nascimentos (323.676 para 292.715). Entretanto, houve proporcionalmente um aumento da prevalência de nascimentos de bebês prematuros (11% para 11,84%). Assim como, observa-se nas 5 regiões brasileiras, esse mesmo padrão de crescimento. As regiões Sudeste (11,7%) e Sul (11,62%) apresentaram taxas de prematuridade menores que das brasileiras e das outras regiões. Do mesmo modo que, apresentaram menor aumento na prevalência da prematuridade durante esse período (Sul aumentou 0,63% e Sudeste 0,71%). Face a isso, a região Norte apresentou uma prevalência média de prematuridade em torno de 11,8%, sendo a região com a maior taxa de prematuridade entre as regiões analisadas.Tal como alcançou a maior prevalência de prematuridade no final do período pandêmico (2022), com 12,41% de nascimentos prematuros em relação ao total de nascimentos. Já a região Nordeste foi a que obteve maior aumento na prevalência da prematuridade. Em 2018, dos 830 mil nascimentos, 90 mil foram prematuros. Já em 2022, dos 680 mil nascimentos, 81 mil nasceram prematuros. Dessa forma, a região nordeste apresentou a maior variação de nascimentos prematuros (1,2%).

CONCLUSÃO

Por conseguinte, observa-se que a prevalência da prematuridade no Brasil é significativa em todas as regiões, expressando aumento em sua proporção quando se compara antes e após período pandêmico. É importante destacar, que a prematuridade é uma condição complexa e influenciada por vários fatores, incluindo questões socioeconômicas e acesso a cuidados de saúde adequados. Assim, esses resultados podem fornecer informações úteis para o desenvolvimento de políticas e estimular estratégias de saúde voltadas para a redução da prematuridade em diferentes regiões do Brasil.

PALAVRAS-CHAVE

Prematuridade; COVID-19; Epidemiologia

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de alto risco

Autores

Lucía Alejandra Bolis Castro, Karoline Machado Vieira, Thaisy Zanatta Aumonde, Isadora Flávia de Oliveira, Marisol Santana de Lima, Verônica Canarim de Menezes, Leandro Fossati Silveira