61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS ADQUIRIDA EM MULHERES ADOLESCENTES NO TOCANTINS: 2016 A 2021

OBJETIVO

Apresentar características epidemiológicas de adolescentes infectadas por sífilis adquirida entre os anos de 2016 e 2021 no estado do Tocantins.

MÉTODOS

Estudo epidemiológico descritivo observacional, baseado em dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, raça, município residente, município de infecção, classificação e evolução da enfermidade. Não foi necessária a avaliação da amostra pelo Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que se trata de dados de base populacional.

RESULTADOS

No período de 2016 a 2021 foram notificados no estado do Tocantins 448 casos de sífilis adquirida em adolescentes do sexo feminino, sendo 36 na faixa etária de 10 a 14 anos (8,04%) e 412 entre 15 a 19 anos (91,96%). O ano com maior incidência foi 2019 com aproximadamente 21,65% dos casos (97) e observou-se a partir desse ano uma redução nos casos notificados. No que tange a raça, a maioria são mulheres pardas com 74,55% dos casos (334), seguido de 9,6% em brancas (43), 8,7% em pretas (39), 4,7% em amarelas (21), 1,11 % em indígenas (05) e 1,33% ignorado/em branco (06). Tratando-se da classificação dos casos identificou-se 16 ignorados/em branco (3,58%), 381 confirmados (85,04%), 41 inconclusivos (9,15%) e 10 descartados (2,23%), enquanto referindo-se à evolução da doença temos 25% dos casos ignorados/em branco (112) e 75% curados (336). Em relação ao município de infecção apresenta-se apenas 407 casos, onde se verificou 39 em Araguaína, 38 em Palmas e 32 em Guaraí. Quanto ao município residente nota-se a maior fração dos casos no município de Palmas, com 138 (30,81%), seguido de Araguaína, com 39 (8,7%), e Guaraí com 24 (5,36%).

CONCLUSÃO

O perfil predominante de adolescentes com sífilis adquirida no estado do Tocantins são jovens de 15 a 19 anos, pardas e moradoras da capital tocantinense, Palmas. Compreendendo as características de tal grupo e os dados epidemiológicos, nota-se que são necessárias medidas de prevenção, diagnóstico precoce, controle e tratamento. Essas implementações devem ser planejadas levando em conta a faixa etária acometida; por meio de ações com linguagem e metodologias que permitam uma maior relação e compreensão entre profissional e a população de adolescentes.

PALAVRAS-CHAVE

Epidemiologia; sífilis; saúde do adolescente; mulheres.

Área

GINECOLOGIA - Doenças Sexualmente Transmissíveis

Autores

Rayssa Nascimento Filgueira, Jéssica Ramos Xavier, Larissa Soares Hanate, Roberta Vieira Martins, Erminiana Damiani de Mendonça, Antonione Glaydson Ferreira Resende