61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

ESTUDO DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS E POSSÍVEL RELAÇÃO COM A VIA DE PARTO EM GESTANTES DE 35 A 49 ANOS, DE 2010 A 2020, EM RIBEIRÃO PRETO, SÃO PAULO

OBJETIVO

Avaliar a possível relação entre os dados coletados com os critérios utilizados para a escolha de resolução gestacional, abrangendo as possíveis complicações e a informação inadequada, justificada pela incongruência entre a rede de saúde e o público-alvo.

MÉTODOS

Coleta de dados no DATASUS, por meio do Tabnet – SISVAN do perfil epidemiológico das adolescentes gestantes de 35 a 49 anos e as informações sobre os partos destas durante o período de 2010 a 2020 em Ribeirão Preto, São Paulo.

RESULTADOS

Foram analisados dados de 16.030 gestantes e representam 17,53% do total de gestantes no mesmo período em Ribeirão Preto/SP. Em relação ao perfil gestantes com idade entre 35 e 49 anos, 12.670 (79,03%) se consideravam brancas, 917 (5,72%) pretas, 63 (0,39%) amarelas, 2.339 (14,59%) pardas e 8 (0,049%) indígenas. Em relação ao estado civil, 4.136 (25,08%) afirmaram serem solteiras, 1.261 (7,86%) relataram possuir união consensual, 9.738 (60,7%) casadas. Acerca do acompanhamento durante a gestação, 50 delas (0,31%) não realizaram pré-natal, 1.683 (10,49%) realizaram de forma inadequada, 265 (1,65%) de forma intermediária, 474 (2,9%) de forma adequada, 9.530 (59%) de forma mais do que adequada e 2.319 (14,4%) dos acompanhamentos gestacionais estão sendo ignorados nesse estudo por falta de registro. Nesse período de 10 anos foram realizados 4.502 partos normais (28%) e 11.528 (71,9%) cesáreas. Das pacientes que realizaram acompanhamento pré-natal de forma intermediária, adequada e mais que adequada, evoluíram para parto vaginal 2.327 (51,6%). No momento do parto, 2.003(12,49%) estavam entre a 22ª e 36ª semana, 13.791 (86%) entre a 37ª e 41ª, 220 (1,37%) com 42 semanas e foi constatado falta de registro de idade gestacional no momento do parto de 10 gestantes (0,06%). Em relação aos bebês nascidos, 1.426 (8,89%) tiveram peso menor do que 2.500g ao nascer, 910 (5,67%) apresentaram Apgar entre 0 e 5 no 1º minuto de vida e 272 (1,69%) foram diagnosticados com anomalias congênitas. 15.944 (99,4%) dos partos ocorreram em ambiente hospitalar e 549 (3,42%) foram gestações duplas. Possuem 8 a 11 anos de escolaridade 6.191 gestantes(38,6%) e possuem 12 anos ou mais de estudos 7.512 gestantes (46,8%).

CONCLUSÃO

As estatísticas nacionais indicam mais de 55% dos partos por via alta, sendo ainda maiores os índices encontrados na faixa etária deste estudo. Apesar de a idade materna não contraindicar o parto vaginal, a ansiedade materna e o maior número de gestações de alto risco são fatores importantes na decisão.

PALAVRAS-CHAVE

gestação alto risco; via de parto; operação cesariana;

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de alto risco

Autores

NARIMA CALDANA, LICERIO MIGUEL, JULIO CESAR ZAYAS CANSINO, RODOLFO OLIVEIRA ALVES, MARIA CAROLINA BOT BONFIM, MARCELLA CAIXETA TAVARES