61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

ULTRASSONOGRAFIA COM DOPPLER: ANÁLISE DA VASCULARIZAÇÃO PLACENTÁRIA E DESFECHOS PERINATAIS ADVERSOS

OBJETIVO

Avaliar o uso do USG com Doppler na avaliação da vascularização placentária e sua relação com o prognóstico fetal.

FONTE DE DADOS

Realizou-se a busca no PubMed e Elsevier, em junho de 2023. Guiou-se pelas palavras-chave: (fetal evaluation) AND (intrapartum) AND (ultrasound). Os termos utilizados foram estabelecidos de acordo com os descritores de saúde disponíveis na plataforma DECs/MESH. A revisão foi limitada pela escassez de trabalhos que comparem diferentes métodos de avaliação da vitalidade fetal.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram encontrados 114 artigos nas plataformas de busca, sendo selecionados 10 para leitura na íntegra, após aplicação dos critérios de exclusão e inclusão. Destes, 7 artigos tiveram seus resultados resumidos. Critérios de exclusão: artigos de revisão, estudos em animais e artigos não gratuitos. Critérios de inclusão: artigos em inglês, publicados nos últimos 5 anos até 19 de junho de 2023.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

De modo geral, os trabalhos utilizaram a USG com doppler na avaliação fetal em diferentes contextos obstétricos de risco habitual e alto risco.

SÍNTESE DE DADOS

Observou-se que gestantes com lesões vasculares placentárias - diagnosticadas por análise anatomopatológica - estavam associadas a um pior desfecho perinatal como RCIU, prematuridade, má perfusão renal e óbito fetal, em concordância com o estudo placentário via USG com Doppler alterado durante a gestação, associado a isso a cada lesão placentária adicional há aumento em 4 vezes de chance de óbito fetal. Quanto à análise via USG com Doppler de gestantes com malformação vascular placentária, observou-se aumento da resistência da artéria umbilical, assim como do índice de pulsatilidade da artéria cerebral média fetal. Viu-se, também, o uso de métodos acessórios de avaliação vascular materno-fetal precoce, como a razão SFT1/P1GF, haja vista a relação desses biomarcadores com o desenvolvimento placentário.

CONCLUSÃO

Depreende-se que o USG com Doppler é um método eficaz para a avaliação do prognóstico fetal em diferentes contextos obstétricos. Ademais, pode-se aumentar sua acurácia quando associado a métodos auxiliares. Por fim, necessita-se de estudos que comparem diferentes métodos de avaliação da vitalidade fetal e sua relação com desfechos perinatais.

PALAVRAS-CHAVE

Fetal Evaluation; Intrapartum; Ultrasound

Área

OBSTETRÍCIA - Ultrassonografia na assistência pré-natal e intraparto

Autores

Pedro Henrique Ferrereis Macedo, Natacha Soares Silva, Lucas Carlos Almeida, Ivonete Almeida Souza, Ana Beatriz da Cruz Lima Cruz Lima, Nathalia Grazielle Silva Martins, Adriana Edwirgens Albuquerque Barreto