Dados do Trabalho

TÍTULO

Série de casos: Tratamento da condilomatose vulvar extensa com laser de CO2

CONTEXTO

A condilomatose vulvar (CV) extensa é percebida como desfigurante e frequentemente associado a desconforto, queimação e prurido, além de estar sujeita a sangramento e constrangimento durante a relação sexual. O objetivo inicial do tratamento é eliminar o condiloma, além de minimizar os sintomas, amenizar a carga psicológica decorrente do estigma social e melhorar o aspecto estético da vulva. Além disso, tenta-se, com a eliminação das lesões, diminuir a transmissibilidade da infecção que parece ser mais significativa na presença das verrugas

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

Trata-se de uma série de casos de três pacientes atendidas em um hospital universitário, com diagnóstico de condilomatose vulvar extensa, sendo o tratamento realizado através de ressecção cirúrgica de toda a lesão através da vaporização com uso de laser de CO2 fracionado (Smartxide®)
Caso 1: Mulher de 27 anos, com CV e início de aparecimento das lesões há 6 anos com aumento progressivo, sem melhora com uso de Imiquimod.
Caso 2: Mulher de 22 anos, com CV há 2 meses, sem tratamento prévio, apresentando além de lesões vulvares extensão para toda a parede vaginal.
Caso 3: Mulher de 38 anos, com CV há 2 anos, sem melhora após uso de ácido tricloroacético, apresentando lesões em intróito vaginal estendendo-se até 1/3 superior de vagina.
Nenhuma das pacientes apresentava imunossupresão, não fizeram vacina HPV e negam o uso regular de condon. No pós operatório, a mulher do caso 1 apresentou pequena deiscência em local que teve uma sutura, sem sinais de infecção secundária. Foi realizado na consulta de retorno, avaliação de dor e satisfação através de escala visual, onde as pacientes informaram que apresentaram nenhuma dor e disseram estar muito satisfeitas com o resultado do procedimento

COMENTÁRIOS

Nos casos de condilomatose vulvar extensa, a ressecção cirúrgica parece ser a melhor opção terapêutica. Nessa série de casos a ressecção com laser de CO2 apresentou boas condições técnicas de realização, com pouco sangramento, bons resultados estéticos e poucas queixas álgicas no pós-operatório, assim como ausência de complicações. A opção pelo tratamento cirúrgico, com conseqüente diminuição da carga viral, é uma medida prudente nos casos de lesões extensas, até para evitar a progressão para condiloma gigante e/ou tumor de Buschke-Lowestein

PALAVRAS-CHAVE

Condiloma Acuminado; Terapia a Laser; Papilomavírus Humano