61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Desejo reprodutivo e métodos contraceptivos: estudo observacional da contracepção de estudantes de medicina

OBJETIVO

Analisar a escolha de métodos contraceptivos em estudantes de medicina com base no desejo reprodutivo.

MÉTODOS

Estudo observacional descritivo baseado em dados coletados por formulário virtual, no período de janeiro a março de 2023, em estudantes de medicina de uma universidade acerca do planejamento familiar, saúde reprodutiva e métodos contraceptivos. Critérios de inclusão: sexo feminino, ≥18 anos, matriculadas na instituição e aceitação do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), obtendo-se 241 respostas válidas. Os dados foram analisados por software de programação RStudio e planilha Excel. Este projeto e TCLE foram submetidos ao Comitê de Ética e Pesquisa da instituição de ensino, CAAE 64945622.00000.0029 e aprovados pelo parecer 5.779.607.

RESULTADOS

A faixa etária mais prevalente entre as discentes é de 18-24 anos (82,16%), com 71% referindo vida sexual ativa e, dessas, 89,1% com parceria fixa. Dentre as estudantes que planejam gestar (81,74%), 56,42% desejam ter filhos com idade igual ou superior a 30 anos e 9,12% não sabem o período. Acerca dos métodos contraceptivos utilizados (seleção de 1 ou mais opções), encontrou-se: anticoncepcionais orais (25%), preservativo masculino (22.81%), métodos de longa duração - LARCs - (21.88%), tabelinha (2.5%), preservativo feminino (1.26%), métodos cirúrgicos (0.62%), injetável mensal/trimestral (0.62%). Dentre as respostas, 18,44% não utilizam método e o coito interrompido foi sinalizado como prática por 5.94%.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a maioria das estudantes possui entre 18 e 24 anos e apresentam desejo de gestar com idade ≥ 30 anos. As contracepções mais utilizadas foram pílulas orais e preservativo masculino, métodos de curta duração e de barreira, respectivamente. Devido ao baixo índice de falha e de descontinuidade do método, os LARCs são a contracepção mais indicada em jovens com desejo de postergar a gestação, entretanto, foram a terceira escolha entre as estudantes. O coito interrompido é relativamente utilizado mesmo não sendo considerado método contraceptivo, prática que favorece à disseminação de infecções sexualmente transmissíveis e o aumento de taxas de gravidez indesejada. Diante disso, é necessário promover conscientização sobre planejamento reprodutivo e uso correto de métodos contraceptivos com base nos critérios de elegibilidade e no desejo reprodutivo, a fim de promover saúde sexual e qualidade de vida às estudantes e futuras profissionais de saúde.

PALAVRAS-CHAVE

Anticoncepção;Comportamento Reprodutivo;Estudantes de Medicina

Área

GINECOLOGIA - Epidemiologia

Autores

Camila Cardoso Da Rocha Silva, Brunna Maria Bolelli Barros, Larissa De Araujo Rezende, Jennifer dos Santos Santana, Ana Maria Faria Esteves, Demétrio Antônio Gonçalves Da Silva Gomes