61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

MANEJO DA SÍNDROME GENITURINÁRIA PÓS-MENOPAUSA COM LASER ÍNTIMO E RADIOFREQUÊNCIA FRACIONADA

OBJETIVO

Analisar a segurança e eficácia das terapias de laser íntimo e radiofrequência fracionada no tratamento da síndrome geniturinária pós-menopausa (SGM).

FONTE DE DADOS

Revisão sistematizada da literatura nas bases de dados Pubmed, Lilacs, Embase e Scopus das produções publicadas entre os anos de 2016 e 2022.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Os descritores utilizados foram: "vaginal laser’’; "fractional radiofrequency" e "genitourinary syndrome of menopause", os quais foram conjugados para delimitação da busca. Ao final dessa etapa, 54 artigos foram selecionados.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Foram excluídos resumos, editoriais, artigos indisponíveis na íntegra e publicações que não abordaram a eficácia e segurança das terapias avaliadas. Ao final, foram selecionadas 13 publicações, sendo elas ensaios clínicos ou revisões da literatura.

SÍNTESE DE DADOS

61,5% apresentavam revisões de literatura e 38,5%, estudos clínicos. Todos os artigos confirmaram a potencial eficácia e segurança destas terapias para tratamento da SGM, visto a melhora sintomatológica decorrente da sua aplicação. Resultados apresentados por uma coorte prospectiva multicêntrica (n=162) demonstraram melhora prolongada da saúde vaginal em mulheres com SGM na aplicação de laser íntimo quando comparadas ao grupo-controle (utilizando estriol tópico). Outrossim, dois estudos clínicos avaliativos da radiofrequência fracionada como terapia para SGM, obtiveram melhora da saúde vaginal e elevação nos parâmetros de satisfação pessoal, sexual e da qualidade de vida. Grande parte dos estudos consideraram a utilização destas terapias no tratamento adjuvante da SGM (53,8%), bem como na contraindicação de terapias hormonais (84,6%).

CONCLUSÃO

O laser íntimo e a radiofrequência fracionada parecem ser tratamentos seguros e eficazes na melhora dos sintomas da SGM, com bons resultados para atrofia vaginal, flacidez vaginal e, consequentemente, para a função sexual. Desse modo, constituem uma boa alternativa para pacientes que não podem ou não querem utilizar terapias hormonais. No entanto, são necessários estudos com maior tamanho amostral, seguimentos prolongados e focados na comparação entre as técnicas, além de mais informações a respeito do mecanismo de ação, tempo de terapêutica e possíveis complicações.

PALAVRAS-CHAVE

Vaginite atrófica; Pós-menopausa; Terapia a laser; Terapia por radiofrequência

Área

GINECOLOGIA - Climatério

Autores

LARISSA GOMES MEIRELLES SILVA, Bárbara Luiza Arruda Araújo , Renata Fernandes Coelho , Ana Luísa Macacchero Detoni, Jéssica Lourenço Miranda, Gabriela Ferreira Paticcié, Fredson Guilherme Gomes