Dados do Trabalho
TÍTULO
Associação entre fatores de risco e partos prematuros: análise epidemiológica em Guarapuava-PR
OBJETIVO
Analisar a prevalência e determinar o perfil epidemiológico dos nascimentos prematuros em uma instituição hospitalar do município de Guarapuava-PR, além de identificar os principais fatores de risco de acordo com a idade gestacional de nascimento.
MÉTODOS
Estudo observacional, analítico, transversal e quantitativo, envolvendo a análise de 70 prontuários de nascimentos prematuros de uma instituição hospitalar em Guarapuava-PR no ano de 2020. As variáveis analisadas foram: idade materna, escolaridade, pré-natal, abortos prévios, e morbidades durante ou anterior à gestação. Para a análise estatística foi utilizado taxa de prevalência, análise de variância (ANOVA), teste Qui-Quadrado ou Exato de Fisher, Cramer’s V e Odds Ratio. Foram incluídos no estudo partos prematuros no ano de 2020 da instituição hospitalar de Guarapuava-PR que forneceu os dados para o estudo, idade gestacional entre 22 semanas e 36 semanas e 6 dias e pré-natal pela rede pública. Sendo excluídos, portanto, partos com idade gestacional inferior a 22 semanas e superior a 37 semanas, além de pré-natal na rede privada ou em outro município que não Guarapuava. Para controle, foram adotados 223 partos de idade gestacional superior a 37 semanas.
RESULTADOS
A taxa de prevalência dos nascimentos prematuros foi de 70.5 casos para 1000 nascidos vivos. Foi demonstrado que os principais fatores de risco relacionados com o nascimento entre 22 semanas e 27 semanas e 6 dias foram o início do pré-natal tardio, realização de menos de 6 consultas pré-natais, tabagismo, diabetes mellitus prévioe gestacional. Já com o nascimento entre 28 semanas e 31 semanas e 6 dias foram o pré-natal inadequado, obesidade, hipotireoidismo e a infecção do trato urinário, enquanto que para o nascimento entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias foram a hipertensão arterial crônica e gestacional.
CONCLUSÃO
Os principais predisponentes para a prematuridade extrema são o início do pré-natal tardio, numero de consultas pré-natais inadequadas, tabagismo e diabetes. Para o nascimento muito prematuro são um pré-natal inadequado, obesidade, hipotireoidismo e a infecção do trato urinário, enquanto que para o nascimento prematuro moderado/tardio são os distúrbios hipertensivos. A prematuridade ainda é muito prevalente e a realização de um pré-natal adequado e a identificação precoce dos fatores de risco podem reduzir significativamente o índice de partos prematuros e, dessa forma, reduzir a mortalidade neonatal.
PALAVRAS-CHAVE
Idade Gestacional; Fatores de Risco; Prematuridade; Mortalidade; Trabalho de Parto Prematuro;
Área
OBSTETRÍCIA - Estratificação de risco em Obstetrícia
Autores
Larissa Morozini Siqueira, Mariana Uliano Cordeiro, Dominique Valentina Terebinto, Iara Godofredo