61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Aids em adolescentes: uma análise epidemiológica dos casos diagnosticados entre 2012 a 2022

OBJETIVO

Analisar e descrever o perfil epidemiológico das adolescentes diagnosticadas com Síndrome da Imunodeficiência Humana (Aids) no período de 2012 a 2022.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo acerca dos casos de Aids em adolescentes no período de 2012 a 2022. As variáveis analisadas foram idade, cor/raça, região, número de casos, sexualidade e forma de infecção pelo HIV. A faixa etária escolhida foi a de 10 a 19 anos. Os dados foram obtidos da plataforma TABNET do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e, posteriormente, tabulados em planilha eletrônica e analisados estatisticamente.

RESULTADOS

Foram diagnosticados, no Brasil, 2.120 casos de Aids em adolescentes entre 2012 e 2022. Observou-se maior incidência de casos na idade de 19 anos (29,2%). No que tange ao critério raça, houve uma frequência de 49,6% em pardas, 35,5% em brancas, 13,3% em pretas, 1% em indígenas e 0,2% em amarelas . Quanto à forma de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), o contágio por via de uso de drogas injetáveis representou 1,8% dos casos, por transmissão vertical 16,6% e por via sexual cerca de 81,4%. Dos casos por contágio via sexual, 97,6% das adolescentes eram heterossexuais, 1,1% bissexuais e 1,2% homossexuais. Quanto à quantidade de diagnósticos, constata-se que apenas no ano de 2013 houve um incremento nesse número, um aumento de cerca de 12,6% em relação ao ano anterior, totalizando 333 casos. Nos anos subsequentes houve uma queda contínua de novos casos diagnosticados ano a ano, até que nos anos de 2020 e 2021, o número de casos diagnosticados por ano estabilizou-se em 94 casos por ano. O ano seguinte, 2022, apresentou uma queda de 71% no número de diagnósticos, havendo apenas 27 casos diagnosticados. No que se refere à distribuição geográfica, cerca de 28,8% dos casos diagnosticados concentram-se na região Sudeste, 26,2% na região Sul, 24,1% na região Nordeste, 13,86% na região Norte e 6,9% na região Centro-Oeste.

CONCLUSÃO

Diante dos dados, foi possível analisar e descrever o perfil epidemiológico das adolescentes diagnosticadas com Aids no território brasileiro durante o períodos de 2012 a 2022, sendo esse caracterizado por meninas de 19 anos, pardas, heterossexuais e residentes, principalmente, nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste. Embora haja um declínio significante do número casos diagnosticados, é indispensável reforçar as medidas que visem o diagnóstico e prevenção, a fim de evitar novos contágios e intervenções tardias.

PALAVRAS-CHAVE

AIDS; ADOLESCENTE; EPIDEMIOLOGIA

Área

GINECOLOGIA - Epidemiologia

Autores

Danila Moreira Roque, Rodrigo de Paula Feijó