61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS CONGÊNITA NA REGIÃO NORDESTE DE 2008 A 2023 E OS SEUS IMPACTOS

OBJETIVO

Analisar a incidência de casos de sífilis congênita no Nordeste no período de Janeiro de 2008 a Abril de 2023 e seus impactos.

MÉTODOS

Método descritivo, de abordagem quantitativa no período de Janeiro de 2008 a Abril de 2023 de caráter exploratório com estudo transversal de incidência a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde-DATASUS, pela ferramenta TABNET. Dessa forma, as nformações selecionadas foram macrorregião de saúde, ano de atendimento, internações, sexo e cor. Por ser um estudo com banco de dados públicos, não foi necessário a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.

RESULTADOS

Foram encontrados 67.371 casos de sífilis congênita no Nordeste de 2008 a 2023, sendo a segunda região com o maior número de internações. Em relação ao sexo, o maior número de casos 52,45% é do sexo feminino. Houve uma alternância na quantidade de internações, em 2021, foi observado o maior número de casos no período estudado, com 7.882 internações, já no ano de 2009, foi observado o menor número de casos, correspondendo a 1.554 internações. O maior índice de internações por sífilis congênita foi no Estado de Pernambuco com 27,13%, seguido do Ceará 17,62% e Alagoas 7,87%.

CONCLUSÃO

Dessa maneira, após a análise dos resultados obtidos, é evidente que há um grande número de internações na região Nordeste por sífilis congênita. Além disso, não há uma redução nos números de casos de internação com o passar dos anos. Tal realidade pode refletir diretamente na vida do feto e recém nascido, podendo gerar como consequências a prematuridade e baixo peso ao nascer, hepatomegalia e esplenomegalia, pênfigo palmo-plantar, periostite, osteíte ou osteocondrite, pseudoparalisia dos membros, sofrimento respiratório, icterícia, linfadenopatia, fissura peribucal, síndrome nefrótica, anemia severa, convulsão e meningite. Portanto, é evidente a necessidade de uma maior vigilância epidemiológica e prevenção da sífilis e das suas consequências para a prole.

PALAVRAS-CHAVE

Sífilis Congênita; Epidemiologia; Anomalias Congênitas.

Área

OBSTETRÍCIA - Doenças infecciosas na gestação

Autores

Andréa Fortes Carvalho Barreto, Flávia Gabriela Tojal Hora, Nathalie da Cunha Caldas, George Hamilton Caldas Silveira, Summer Santana Linhares, Paloma Lisboa de Souza