61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Análise da mortalidade Pós-Neonatal na região de saúde de Bacabal-MA entre os anos de 2000 a 2020

OBJETIVO

Analisar a taxa de mortalidade pós-neonatal por 1000 nascidos vivos na região de saúde de Bacabal-MA, estabelecendo comparativo com o Brasil, Nordeste e Maranhão.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, de coleta retrospectiva, por meio de notificações na plataforma PROADESS. Nesta, foi acessada a aba “consulte os indicadores’’, matriz de indicadores, região de saúde e no item “condições de saúde da população’’, escolhido o tema “mortalidade pós-neonatal’’.Em seguida selecionado o estado do Maranhão e o município de Bacabal com sua respectiva área de saúde.

RESULTADOS

A mortalidade infantil costuma ser norteadora para a criação de políticas públicas, visto que é influenciada pelo acesso à saúde, moradia, alimentação, saneamento básico e condições socioeconômicas. Em relação à mortalidade pós-neonatal, as principais causas são: diarreia, desidratação, pneumonia, desnutrição, algumas doenças parasitárias e malformações congênitas. É comum associar os picos de óbitos que ocorreram nessa faixa etária a presença de malformações congênitas, doenças infecciosas, doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, e deficiências no acompanhamento de puericultura. Nesse contexto, os dados no PROADESS mostram que em 2000, na região de saúde de Bacabal, a quantidade de óbitos pós-neonatais eram de 13,5% por 1000 nascidos vivos.Já em 2020 houve um declínio, 3,5%,uma redução de aproximadamente 74%. Esse ritmo de queda segue a nível de Brasil, 7,7% para 3,2%,uma queda de aproximadamente 58%. O Nordeste passa de 10,8% para 3,5%, uma redução próxima de 68%, e o Maranhão 8,1% para 3,8% com queda de aproximadamente 53%. Essas reduções nos óbitos estão associadas a melhorias no acesso aos serviços de saúde, infraestrutura e saneamento básico.

CONCLUSÃO

Percebe-se que apesar das reduções dos óbitos pós-neonatais entre os anos de 2000 a 2020, ainda existem lacunas que podem ser evitadas, visto que esses óbitos estão diretamente associados às questões sociais, econômicas e as políticas públicas. Além disso, estudos adicionais são necessários para avaliar os fatores locais relacionados aos agravos que ainda permitem a continuidade de mortes nessa faixa etária.

PALAVRAS-CHAVE

Mortalidade infantil; pós-neonatal; socioeconômico; saneamento básico; Políticas Públicas.

Área

OBSTETRÍCIA - Medicina fetal

Autores

DEBORA PRISCILA COSTA FREIRE, MARIANO LOPES SILVA FILHO, DANIEL BORGES MATOS MELO, ANDRESSA BENVINDO ROSAL FONSECA NETO, AMANDA CRISTINE SILVA SOUSA, ILANA VIEIRA SOARES, MARIA ALINE SOARES SOUSA, MICKAELLE SILVA TEIXEIRA GARCEZ