61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Epidemiologia do óbito fetal por malformação congênita e anomalia cromossômica no Rio Grande do Sul

OBJETIVO

Analisar perfil epidemiológico dos óbitos fetais por malformações congênitas e anomalias cromossômicas no Rio Grande do Sul (RS) e no Brasil (BR) entre 2011 e 2021.

MÉTODOS

Estudo transversal retrospectivo epidemiológico no qual foram utilizados os critérios: óbitos registrados na cidade em que a gestante reside, sexo, cor/raça, idade materna, escolaridade materna, tipo de gravidez (única, dupla, tripla ou mais) e tipo de parto. Este trabalho dispensa análise de Comitê de Ética Médica, pois foram utilizadas informações coletadas no Sistema de Informações sobre Mortalidade pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde (BR), acessado pelo Tabulador de Informações de Saúde (TABNET).

RESULTADOS

No RS ocorreram, entre 2011-2021, 1.007 óbitos fetais, sendo 68% por malformações congênitas e 32% por anomalias cromossômicas. RS representou 4,9% dos óbitos fetais por ambas as causas no BR, cuja quantidade foi de 20.302, dos quais 80,5% correspondem a malformações e 19,5% a anomalias. No RS, a maioria dos casos foi do sexo masculino (491) sendo 2017 o ano com mais casos (103). No BR, sexo feminino foi maioria (9.369) enquanto masculino apresentou 9.349 óbitos. Para RS e BR, gestações únicas foram maioria com, respectivamente, 932 e 18.668 óbitos. No RS, faixas etárias de 30-34 e 35-39 anos apresentaram mesmo número de óbitos fetais (192). No BR, a faixa de destaque foi de 20-24 anos (3.966). Sobre via de parto, no RS e BR, a com mais óbitos foi a vaginal, com, respectivamente 651 e 13.886 casos. A respeito de anos de estudo, entre 8 e 11 anos foi destaque no RS e BR, com, nessa ordem, 337 e 8.054 mortes fetais. Quanto à cor/raça, no RS foi ignorada em todos os casos do período analisado, enquanto no BR foram notificados apenas indígenas, com 17 casos.

CONCLUSÃO

Entre 2011 e 2021, RS apresentou maiores óbitos fetais no sexo masculino, mas tal característica não foi significativamente superior ao sexo feminino; houve maior acometimento em gestações únicas e em gestantes entre 30-39 anos, bem como em partos vaginais e escolaridade de 8-11 anos de estudo. No BR o tipo de gestação, via de parto e anos de estudo foram semelhantes ao RS, enquanto a faixa etária mais acometida foi entre 20-24 anos. Por falta de informações, a cor/raça não foi um critério cujo estudo foi possível.

PALAVRAS-CHAVE

Anomalias Cromossômicas; Malformações Congênitas; Óbito Fetal; Epidemiologia

Área

GINECOLOGIA - Epidemiologia

Autores

MARIA LUIZA FERREIRA DA COSTA, JOÃO VERÍSSIMO DA SILVA NETO, FABIANA SILVA DELMONDES, ANANDA MARIA FERREIRA DA COSTA, ARNILDO AGOSTINHO HACKENHAAR