Dados do Trabalho

TÍTULO

Análise Epidemiológica dos casos de mortalidade materna no Nordeste em comparação com o Brasil no período de 10 anos

OBJETIVO

Avaliar de maneira comparativa os casos de mortalidade materna no Brasil entre os anos de 2012 e 2021.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal, de caráter quantitativo, realizado a partir de coleta de dados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), portanto, não houve necessidade da aprovação em Comitê de Ética e Pesquisa por se tratar de dados públicos. A pesquisa foi delimitada aos óbitos maternos do Nordeste e do Brasil, disposta de em regiões, entre os anos de 2012 e 2021.

RESULTADOS

A partir dos dados do DATASUS, coletados no intervalo de 2012 a 2021, houve um registro total de 18.363 mortes maternas no Brasil, sendo 5.916 (32,2%) na região Nordeste, o segundo maior valor quando comparado às outras regiões. Em contrapartida, durante esse período de dez anos, a região do Nordeste não esteve na segunda posição sempre, nos anos de 2012 e 2013 obteve um total de 546 de 1.583 mortes no Brasil (34,5%) e 617 de 1686 (36,6%), respectivamente, colocando-se em primeiro lugar. Já nos anos seguintes se manteve na colocação de segunda região com mais óbitos do Brasil. Ademais, observa-se um aumento crescente de mortalidade nacionalmente nos anos de 2020 (1.965 óbitos) e 2021 (3.030 óbitos), incluindo o Nordeste, que obteve estatisticamente os maiores números de mortes na região durante esses dez anos de dados coletados, enquanto que nos anos de 2016 a 2019 os números foram decrescendo de acordo com os anos.

CONCLUSÃO

Os resultados demonstram que o número de óbitos maternos foi diminuindo de acordo com os anos, tanto a nível nacional, quanto a nível Nordeste, apesar de ser ainda a região com o segundo maior número de óbitos. Todavia, de 2020 a 2021, mostra ter um novo aumento estatístico, devendo, sobretudo, estar relacionado com a pandemia do COVID-19 e as fragilidades do sistema de saúde do Brasil enfrentadas nesse período. Além disso, os resultados demonstram que, apesar dos dados estarem decrescendo, o impacto da mortalidade materna ainda é bastante expressivo, uma vez que a meta para os países é de 30 mortes maternas por 100 nascidos vivos. Portanto, faz-se necessária a realização de mais estudos que busquem criar um plano estratégico que abarque os agravantes de saúde materna-infantil e possa diminuir as estatísticas a nível nacional e regional.

PALAVRAS-CHAVE

Epidemiologia; Mortalidade; Registros de Mortalidade; Mortalidade Materna.