61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

TERAPIAS NÃO HORMONAIS PARA O MANEJO DA DOR NA ENDOMETRIOSE: REVISÃO SISTEMÁTICA

OBJETIVO

Realizar uma revisão sistemática sobre terapias não hormonais para o manejo de sintomas álgicos da endometriose.

FONTE DE DADOS

Trata-se de uma revisão sistemática de artigos publicados entre 2018 e 2023, nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed), utilizando-se os descritores em Saúde (DeCS): Endometriose e Manejo da Dor.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Os critérios de inclusão foram: artigos científicos, em inglês, publicados na íntegra, do tipo ensaio clínico, ensaio controle randomizado, meta-análise e revisão sistemática. Encontraram-se 557 artigos, e 484 foram excluídos por não atenderem ao tipo de estudo, destes 60 foram excluídos por não se enquadrarem à temática. Assim, 13 artigos foram selecionados para o estudo.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Para elaboração deste estudo, realizou-se a identificação do tema, a escolha dos critérios de inclusão e exclusão, as fontes de dados e os descritores. Após leitura criteriosa dos artigos, procedeu-se à análise das informações extraídas, com a interpretação dos resultados obtidos.

SÍNTESE DE DADOS

A endometriose é uma doença inflamatória crônica, cujo objetivo do tratamento, além de impedir a progressão da doença, é alcançar o controle dos sintomas álgicos, que nem sempre é obtido por meio da terapia hormonal. De acordo com a revisão, observou-se que as terapias alternativas para o manejo da dor na endometriose não se mostraram superiores às terapias hormonais, quando utilizadas isoladamente, devido à quantidade limitada de estudos sobre o tema. No entanto, algumas terapias podem ser empregadas de forma eficaz, a exemplo do uso de antioxidantes como as vitaminas C e E que foram capazes de reduzir a severidade de dor pélvica, dismenorreia e dispareunia em 8 semanas. Além disso, outro estudo apontou a superioridade da acupuntura dentre os tratamentos complementares, como exercício físico, eletroterapia e yoga, com benefício significativo em relação ao placebo. Também foi visto que o uso da cannabis medicinal promoveu alívio significativo da dor em até 95,5% das mulheres. No entanto, a despeito do que se esperava, medidas como mudanças na alimentação, exercício físico, suplementos dietéticos e psicoterapia não tiveram resultados confiáveis, sendo necessários mais estudos para determinar sua eficácia.

CONCLUSÃO

Dentre os tratamentos alternativos para o manejo da dor na endometriose, o uso de antioxidantes, a acupuntura e o uso de cannabis medicinal foram os que obtiveram benefícios mais significativos, no entanto ainda inferiores aos tratamentos convencionais, com o uso da terapia hormonal.

PALAVRAS-CHAVE

Endometriose; Manejo da Dor; Terapias Complementares.

Área

GINECOLOGIA - Endometriose

Autores

Ester Saraiva Carvalho Feitosa, Elaine Saraiva Feitosa