60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

CORRELAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL COM OS DESFECHOS OBSTÉTRICOS E NEONATAIS.

OBJETIVO

Avaliar os resultados e desfechos obstétricos e neonatais e correlacionar com a assistência pré-natal recebida, em puérperas atendidas em Maternidade pública terciária do Amazonas.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo Prospectivo, transversal, descritivo e observacional, de caráter quantitativo, realizado em uma maternidade terciária do Norte do Brasil. Foi realizado análise dos cartões de pré-natal das puérperas internadas no Alojamento conjunto da maternidade, e que tiveram o parto realizado na instituição. As variáveis estudadas foram: idade materna, idade gestacional no parto, peso do RN, comorbidades maternas, tipo de parto, número de consultas, necessidade de internação em UTI neonatal, tempo de internação. Os resultados foram coletados através de formulário criado no Google Forms, transferidos para o programa Excell, com elaboração de gráficos e tabelas para visualização e interpretação dos resultados. O trabalho foi submetido a apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e possui o CAAE:60717522.6.0000.5020.

RESULTADOS

Foram analisados 565 cartões de pré-natal, com a seguinte distribuição por faixa etária: 160(28,32%) abaixo de 20 anos, 201(35,58%) entre 20 a 26 anos, 151(26,72%) entre 26 e 35 anos e 53(9,38%) acima de 35 anos. De acordo com a distribuição da idade gestacional no parto, relacionado com a idade materna, a menor média (37 semanas) foi encontrada abaixo dos 20 anos, e a maior média (39,5 semanas) acima dos 35 anos. Com relação a internação em UTI Neonatal, encontramos 17,02% no grupo com até 4 consultas de pré-natal, 16,13% no grupo com 7 a 8 consultas, 10,42% com 5 a 6 consultas e 2,94% no grupo com 8 ou mais consultas. Com relação a idade gestacional no nascimento 515 (91,1%) eram entre 37 e 40 sem, 42(7,43%) entre 32 a 36 semanas, 6(1,06%) entre 28 a 31 semanas e 2(0,35%) acima de 41 semanas. Quanto ao tipo de parto 68%, das pacientes com até 4 consultas, realizaram parto cesárea, enquanto as que fizeram 8 consultas ou mais a taxa foi de 47%.

CONCLUSÕES

Nosso estudo observou uma correlação entre o baixo número de consultas pré-natal e nascimentos abaixo de 36 semanas, além de uma probabilidade maior de internação em UTI neonatal no grupo com até 4 consultas. A faixa etária com menor numero de consultas é a de abaixo de 20 anos, o que demonstra a necessidade de intensificar campanhas de informação e importância do pré-natal, com acompanhamento rigoroso e individualizado, para diminuir os riscos de complicações obstétricos e neonatais.

Área

OBSTETRÍCIA - Atenção Primária

Autores

PATRÍCIA LEITE BRITO, GIOVANNA GUIMARÂES MOURÂO