60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Impacto da COVID-19 no rastreamento do câncer de mama em Sergipe

OBJETIVO

Comparar os laudos de mamografias de rastreamento realizadas em Sergipe em 2020
e 2021 com os resultados de 2018 e 2019.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, observacional e do tipo
ecológico, com dados provenientes do Sistema de Informação do Câncer por meio da
plataforma DATASUS. Foram incluídas mulheres entre 50 e 69 anos, que realizaram
mamografia de rastreamento em Sergipe entre 2018 e 2021. Os dados foram divididos em um
grupo correspondendo aos anos de 2018 e 2019 e outro aos anos de 2020 e 2021, com
impacto da pandemia da COVID-19. As variáveis analisadas foram ano de realização,
acometimento da mama e linfonodal, e BIRADS. Os dados foram analisados por meio de
frequências absoluta e relativa. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe, com número do CAAE
30667320.0.0000.5546.

RESULTADOS

Foram registrados os dados de 91.152 laudos de mamografias de rastreamento em
Sergipe, sendo 49.338 exames realizados entre 2018 e 2019 e 41.814 entre 2020 e 2021. Esse
resultado demonstra uma redução de 15,24% no grupo com impacto da pandemia da COVID-
19. Com relação aos achados, no grupo de mulheres que realizaram a mamografia entre 2018
e 2019, 6,30% tinham a presença de nódulo nas mamas em pelo menos uma mama, 2,40%
tinham acometimento do linfonodo axilar direito, 2,38% tinham acometimento do linfonodo
axilar esquerdo, 0,54% tinham achados malignos (BIRADS 4 e 5), 31,02% tinham achados
benignos (BIRADS 2 e 3) e 11,30% tinham achados inconclusivos (BIRADS 0). Quanto ao grupo
de mulheres que realizaram a mamografia entre 2020 e 2021, 5,90% tinham a presença de
nódulo nas mamas em pelo menos uma mama, 1,13% tinham acometimento do linfonodo
axilar direito, 1,19% tinham acometimento do linfonodo axilar esquerdo, 0,65% tinham
achados malignos (BIRADS 4 e 5), 34,37% tinham achados benignos (BIRADS 2 e 3) e 9,51%
tinham achados inconclusivos (BIRADS 0).

CONCLUSÕES

Assim, conclui-se que houve uma redução no número de mamografias de
rastreamento para câncer de mama realizadas em mulheres entre 50 e 69 anos que residem
em Sergipe. Todavia, entre os resultados obtidos, os achados malignos foram a única variável
mais elevada quando comparada aos anos anteriores à pandemia da COVID-19.

Área

GINECOLOGIA - Mastologia

Autores

Vinicius da Silva Martins, João Eduardo Andrade Tavares de Aguiar, Barbara Rhayane Santos, Julia Dória Fontes, Gabriela Oliveira Abreu de Faria, Anne Caroline Costa de Andrade Oliveira, Thais Serafim Leite de Barros Silva, Júlia Maria Gonçalves Dias