Dados do Trabalho

TÍTULO

Prevalência de achados suspeitos nas mamografias de rastreamento no Brasil

OBJETIVO

Avaliar a prevalência de achados suspeitos nas mamografias de rastreamento realizadas no Brasil entre 2013 e 2020.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, observacional e do tipo ecológico, com dados provenientes do Sistema de Informação do Câncer por meio da plataforma DATASUS. Foram incluídas mulheres entre 50 e 69 anos, que realizaram mamografia de rastreamento no Brasil entre 2013 e 2020, excluindo, portanto, o sexo masculino, as mamografias diagnósticas e de pacientes já tratadas de câncer de mama. As variáveis analisadas foram os grupos de BIRADS 4 e 5, classificados como suspeitos de câncer de mama, e as 27 unidades federativas do Brasil. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe, com número do CAAE 30667320.0.0000.5546.

RESULTADOS

De acordo com os dados disponíveis, 7.210.850 mamografias foram laudadas como suspeitas de malignidade (BIRADS 4 e 5) entre 2013 e 2020. O estado que apresentou o maior número absoluto de mamografias suspeitas foi o de Minas Gerais, com 1.186.621 laudos. Entretanto, esse valor correspondeu a apenas 0,73% do total de laudos do estado, ficando atrás em números relativos apenas do Espírito Santo (0,64%) e de Alagoas (0,6%). O estado que apresentou o menor número absoluto de mamografias suspeitas foi o do Amapá, com 5.278 laudos. Este número, por sua vez, representou um percentual de 1,48% do total de laudos do estado, demonstrando-se um dos maiores valores relativos, ficando atrás apenas do Mato Grosso do Sul (1,6%) e do Distrito Federal (1,8%).

CONCLUSÕES

A partir da análise destes dados, foi possível perceber uma baixa prevalência de achados suspeitos nas mamografias realizadas no período.