Dados do Trabalho

TÍTULO

ALEITAMENTO MATERNO: PREVALÊNCIA E FATORES CONDICIONANTES EM UMA CIDADE DE INTERIOR DA REGIÃO DA ZONA DA MATA MINEIRA

OBJETIVO

O aleitamento materno, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, deve ser o único alimento para os bebês de até 6 meses de idade e principal para as crianças de até 24 meses de idade. Entre as inúmeras vantagens do Aleitamento Materno, destaca-se menores índices de morbidade infantil por diarreia, infecções respiratórias e otite média e proteção contra sobrepeso e diabetes ao longo da vida. Para a mãe, esse ato pode prevenir o câncer de mama, aumentar o intervalo interpartal, reduzir o risco de diabetes tipo 2 e câncer de ovário. Diante disso, faz-se necessário traçar um perfil epidemiológico das gestantes e lactantes investigadas, notando os padrões e os fatores condicionantes associados à implementação na rotina materna e quais suas dificuldades à essa prática.

MÉTODOS

As participantes dos estudos foram gestantes e puérperas cadastradas em uma Unidade de Saúde localizada no município de Ubá, Minas Gerais, caracterizando uma amostragem não-probabilística de 118 mulheres. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo com delineamento transversal, realizado através de um questionário semiestruturado, validado para conhecimento materno em aleitamento, que apresenta 32 questões divididas em três blocos. Respeitando os princípios ético de ética em pesquisa com seres humanos conforme a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, os dados foram coletados de forma presencial durante outubro a dezembro de 2021. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, sob o protocolo nº 400/08 e o CAAE é 50865221.9.0000.8108. Todos as participantes incluídas no estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

RESULTADOS

Considerando o conhecimento do termo Aleitamento Materno Exclusivo, 56,7% das mulheres entrevistadas relatou não saber, no momento da entrevista, seu significado. 23,7% relatou achar que existem situações em que o bebê não deva ser amamentado ou que a prática deva ser interrompida, mas, 11,2% das mulheres que relataram já terem sido orientadas sobre o aleitamento materno, em contraponto aos 55,3% das mulheres que relataram nunca terem recebido orientação. 19,4% das mulheres relatou achar que existe “leite fraco”, enquanto que 100% acreditam ser um alimento adequado ao bebê.

CONCLUSÕES

Conclui-se que, atualmente, há maior disseminação de informação e incentivo ao Aleitamento Materno, mas sem grande aumento do grau de conhecimento sobre o tema. Assim, é necessário orientar cada vez mais gestantes e puérperas, entretanto de forma eficaz, individualizada e dinâmica.