Dados do Trabalho

TÍTULO

Análise temporal dos casos de sífilis congênita e sífilis em gestantes no Brasil

OBJETIVO

Analisar temporalmente os casos de sífilis congênita e de sífilis em gestantes no Brasil entre 2009 e 2019.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo de caráter descritivo, transversal, com análise temporal dos casos de sífilis congênita em menores de 1 ano e sífilis em gestantes. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação de Agravos e Notificação disponível na plataforma DATASUS. Os dados secundários referem-se ao período entre 2009 e 2019 e as variáveis de interesse foram número de casos e ano de diagnóstico. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe, com número do CAAE 35988820.0.0000.5546.

RESULTADOS

Foram notificados 341.327 casos de sífilis em gestantes entre 2009 e 2019, sendo a menor taxa de detecção de 2,9% (8.376) em 2009 e a maior de 21,5% (63.182) em 2018. Em relação à sífilis congênita em menores de um ano, foram detectados no total 180.818 notificações no mesmo período. O ano em que ocorreu o maior número de notificações foi em 2018 com taxa de detecção correspondendo a 9,0 casos para cada 1.000 nascidos vivos. Quando comparadas as taxas de sífilis em gestantes e sífilis congênita concomitante, observou-se que ambas tiveram aumento de incidência entre 2009 e 2018. No entanto, em 2019 houve decréscimo na taxa de detecção de sífilis em gestantes, com 20,8%, e em menores de um ano, com 8,2 casos para cada 1.000 nascidos vivos.

CONCLUSÕES

Observou-se, assim, aumento gradativo da notificação dos casos de sífilis congênita e de sífilis em gestantes no Brasil a partir de 2009 até o ano de 2018, com decréscimo em 2019.