60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Ruptura uterina por acretismo placentário na 19ª semana gestacional

CONTEXTO

Ruptura uterina é uma emergência obstétrica complexa, rara e espontânea, com queixa de dor abdominal intensa e constante. Não há relação direta com o acretismo placentário, mas cesárea prévia é o fator de risco principal. Esse relato é importante por ser um caso com prevalência 1:1000 gestações

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

Paciente EMSA, 30 anos, indígena, G5PN3A1(ectópica), idade gestacional 19 semanas e 2 dias, de Boca do Acre, Amazonas. Em 22/07/2022, deu entrada em hospital local com dor abdominal intensa e ininterrupta. Foi encaminhada para atendimento especializado em Rio Branco, Acre. Na admissão, apresentou também regular estado geral, afebril, taquicardia, hipotensão, hipocorada 3+/4+, índice de choque 1,9. Exame físico: abdome distendido, doloroso a palpação difusa com sinal de irritação peritoneal. Exame ginecológico: colo grosso, posterior, fechado e discreto sangramento em dedo de luva. A ultrassonografia evidenciou óbito fetal. Foi realizado laparotomia exploradora por abdome agudo, na qual elucidou ruptura uterina por acretismo placentário necessitando de histerectomia abdominal total. O caso teve evolução benigna para a mãe que obteve alta hospitalar em boa condição de saúde

COMENTÁRIOS

A relação entre acretismo e ruptura uterina é pouco clara e rara no segundo trimestre, mas a conduta de ambas é semelhante.Este relato de caso contribui para um número limitado de ocorrências relatadas que envolvem ruptura associado a acretimos placentário de um útero sem cicatriz prévia e com bom resultado materno.

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de alto risco

Autores

Jessica Raira Damasceno Lima, Paula Francinet Morais, Ana Carolina Souza Cavalcanti, Mirla Mappes Maia, Elaine Azevedo Soares Leal