60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Análise Sobre O Perfil Dos Residentes De Ginecologia E Obstetrícia Do Estado De São Paulo

OBJETIVO

Analisar o perfil epidemiológico do residente de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo.

MÉTODOS

Estudo transversal analítico realizado por investigadores representantes dos médicos residentes da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP). Todos os dados foram coletados de questionários virtuais aplicados aos residentes de ginecologia e obstetrícia através do site da SOGESP durante fevereiro de 2022. Os médicos responderam perguntas sobre gênero, idade, ano de residência médica, instituição e cidade em que faz a residência, antecedentes acadêmicos e constituição familiar. Além disso, foi questionado sobre se o participante pretende exercer a ginecologia após o término da residência, assim como obstetrícia. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CAAE 50512821.9.0000.9107).

RESULTADOS

Foram levantados 247 questionários, sendo a maioria pertencente a residência médica da cidade de São Paulo (46,5%), compatível com fato de que a maioria das residências do estado atualmente se concentram na capital ou cidades vizinhas. Os residentes apresentaram idade de 28,3  3 anos e 88,4% eram mulheres, semelhante aos dados de um estudo inglês de 2022, por exemplo, em foram encontradas 85% de residentes mulheres. Entre os entrevistados, 34,8% eram do primeiro ano de residência, 32,4% eram do segundo ano e 32,8% eram do terceiro. Somente 6 pessoas referiram ter filhos. Em uma análise sobre a rede de ensino cursada previamente à graduação, observa-se que ainda é pequena a porcentagem de residentes que cursaram escolas públicas, reforçando o fato de que os programas de residência devem proporcionar cada vez mais oportunidades a esses médicos. Observa-se que 94,7% dos pesquisados manifestou desejo de fazer subespecialização, sendo que apenas 18% referiram que a pandemia do Covid-19 interferiu sobre a sua decisão, número próximo aos 20% encontrados em um estudo inglês. Enquanto 94,7% dos entrevistados manifestaram desejo de permanecer em contato com a ginecologia após a residência, um em cada 5 residentes não desejar exercer a obstetrícia, sendo essa disparidade possivelmente justificada pelo fato de esta ser a especialização atualmente com maior número de processos na justiça brasileira.

CONCLUSÕES

Foi observada uma prevalência de gênero semelhante à de outros países, havendo uma prevalência de desejo de seguir carreira com a ginecologia em relação à obstetrícia.

Área

OBSTETRÍCIA - Ensino, treinamento e avaliação de estudantes/residentes

Autores

Alexandre Massao Nozaki, Marina Martinelli Sonnenfeld, Tamiris Ferreira de Moura, Rayanne Pereira Cabral, Anelise Silva de Genova, José Ricardo Weitz Ristow, André Luiz Malavasi Longo de Oliveira, Rossana Pulcineli Vieira Francisco