Dados do Trabalho

TÍTULO

A aplicação de pressão controlada por dinamômetro após anestesia para quantificação do prolapso apical

OBJETIVO

Avaliar a diferença quantitativa entre as técnicas de POP-Q com a manobra de Valsalva e com tração controlada do colo uterino antes e após a anestesia regional, para quantificação de prolapso apical.

MÉTODOS

Estudo descritivo e longitudinal, com a coleta de dados realizada na enfermaria e centro cirúrgico de uma maternidade pública terciária. Foram incluídas pacientes da fila de cirurgia ginecológica da instituição que realizaram cirurgia de correção de prolapso de órgãos pélvicos (POP) até o estádio III entre Setembro 2019 a Janeiro 2020.

RESULTADOS

Foram avaliadas 20 pacientes, com idade média de 56,3 anos, variando entre 35 e 74 anos. 85% (17) das pacientes apresentavam sintomatologia de “bola na vagina”. Na análise comparativa entre os grupos para avaliar a mudança de estádio do prolapso apical baseado no POP-Q, houve aumento significativo do estadiamento no grupo Tração + anestesia em comparação ao grupo Valsalva (p:0,003), sem diferença significativa entre os grupos Valsalva e Tração (p: 0,083). Quando comparado o número de pacientes com C < -3 que modificou para C > -3 houve aumento significativo entre os grupos Valsalva e Tração + anestesia (p< 0,001).

CONCLUSÕES

Não houve diferença significativa na quantificação do prolapso apical pelo POP-Q realizado com manobra de Valsalva ou com Tração controlada do colo uterino. Por outro lado, observa-se mudança significativa ao comparar a mesma avaliação com Valsalva em relação à tração do colo associada a anestesia, o que pode mudar o estadiamento do POP no intra-operatório.