Dados do Trabalho
TÍTULO
Gestação em homens transgêneros: uma revisão sistemática da produção científica, 2010-2020.
OBJETIVO
Verificar o perfil demográfico, contraceptivo e gestacional de homens transgêneros.
FONTE DE DADOS
Estudo observacional, retrospectivo e quantitativo realizado na plataforma Periódicos CAPES, de 2010 a 2020, utilizando os descritores: “transgender” AND “man” AND “pregnancy”. Limitações: disponibilidade parcial de artigos e escassez de trabalhos sobre o tema.
SELEÇÃO DE ESTUDOS
Foram inclusos todos os trabalhos originais e quantitativos. Os critérios de exclusão são: trabalhos não disponíveis na íntegra e sem descrição clara da metodologia. Não estão inclusos estudos puramente qualitativos, revisões ou metanálises, editoriais, série de casos e relatos de caso. Foram identificadas 124 obras e, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, três foram selecionadas para a elaboração da revisão sistemática.
COLETA DE DADOS
Após a leitura integral, dados das três publicações foram organizados em uma planilha, tais como: ano da publicação, local da elaboração da pesquisa, número de participantes, idade, cor (divididos entre brancos e não brancos), risco e desejo de engravidar (fornecidos pelos artigos), número de gestações, uso atual ou prévio de testosterona, e uso atual ou prévio de métodos contraceptivos. Foram considerados apenas os valores exatos fornecidos pelos autores.
SÍNTESE DE DADOS
As informações coletadas foram submetidas à análise descritiva. Todos os trabalhos foram realizados nos Estados Unidos da América, somando um total de 263 participantes. Desses, aproximadamente 85,6% eram brancos, cerca de 46% usavam preservativo, e em torno de 79,5% usa ou usava testosterona; e, de 222 participantes, quase 15% apresentavam história de gestação.
CONCLUSÕES
A maioria dos participantes da pesquisa são brancos e fizeram uso de testosterona em algum momento, isso mostra a necessidade de expandir o acesso à rede de apoio e saúde às pessoas de tons de pele variados, e, consequentemente, possibilitar o estudo dessa minoria, dado que a maioria dos estudos ocorreram em unidades de saúde ou de apoio ao público LGBTQIA+. A maioria dos participantes não apresentavam história de gestação posterior à descoberta da transsexualidade, mas esse valor pode ser questionável considerando a escassez de estudos sobre o tema. Portanto, é necessário expandir pesquisas acerca da temática, visto que é pouco debatido e estudado, marginalizando ainda mais essa população.
Área
OBSTETRÍCIA - Atenção Primária
Autores
Sigrid Maria Loureiro de Queiroz, Dhallya Andressa da Silva Cruz, Dâmmarys Venância Freire Nascimento