Dados do Trabalho
TÍTULO
Análise epidemiológica de nascidos vivos de mães acima de 40 anos no Ceará entre 2016 e 2020
OBJETIVO
Analisar o perfil epidemiológico dos nascidos vivos de mães acima de 40 anos no estado do Ceará entre 2016 e 2020.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo descritivo transversal. Os dados foram coletados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), em que foram pesquisadas as variáveis idade da mãe, estado civil da mãe, instrução da mãe, adequação do pré-natal, duração da gestação, peso ao nascer e anomalia congênita. Posteriormente, os dados foram tabulados no programa Microsoft Word. Considerando que os dados são de domínio público, a submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa foi dispensável.
RESULTADOS
Entre 2016 e 2020, no Ceará, o número de nascidos vivos de mães acima de 40 anos apresentou um aumento crescente ano após ano, totalizando 18.676 bebês, o que representou 2,93% de todos os nascidos vivos nesse período. A maioria (94,2%) dessas mães tinham de 40 a 44 anos. Já no que tange à escolaridade, 8 a 11 anos de estudo representou 38,8% das mães, seguido de 21,75% com 4 a 7 anos e 21,72% com 12 ou mais anos. Em relação ao estado civil, 41,18% das mulheres eram casadas, 30,26% solteiras e 22,86% possuíam união consensual. O pré-natal foi classificado como mais que adequado em grande parte dos casos (58,22%), enquanto que em 17,27% este foi inadequado e em 6,56%, adequado. Relativamente à duração da gestação, verificou-se que 76,27% dos bebês nasceram a termo, 16,78% prematuros e 2,37% pós termo. O peso ao nascer mais recorrente foi o classificado como normal (82,02%), já o baixo peso ao nascer representou 9,18% e os recém-natos macrossômicos compuseram 6,82% do total. Analisando a presença de anomalias congênitas, observou-se que estas foram mais frequentes entre os nascidos vivos de mães acima de 40 anos (1,79%) do que naqueles de mães abaixo de 40 anos (0,95%).
CONCLUSÕES
A maioria dos bebês com mães acima de 40 anos nasceram a termo e com o peso apropriado, o que pode estar relacionado ao pré-natal mais que adequado realizado pela parcela majoritária delas. Observou-se que essas mães, em grande parte, tinham até 44 anos e cerca de dois quintos delas eram casadas. Tendo em vista que nos últimos anos, no Ceará, a quantidade de nascidos vivos de mães da faixa etária estudada aumentou, cabe aos profissionais de saúde estarem preparados para o atendimento dessas famílias e suas peculiaridades, como a maior taxa de anomalias congênitas nesses bebês do que naqueles gestados por mulheres mais jovens.
Área
GINECOLOGIA - Epidemiologia
Autores
Igor Carvalho Brasil, Camila Silveira Marques, Fernanda Alves de Paula, Karina Soares Nogueira, Thamile Chaves dos Santos, Francisco Jean Rocha Silva Filho, Giulia Queiroz Cavalcanti, Andreisa Paiva Monteiro Bilhar