Dados do Trabalho

TÍTULO

ECLÂMPSIA E MORTE MATERNA NO NORDESTE: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA

OBJETIVO

Investigar o perfil da mortalidade por eclâmpsia na região nordeste nos anos de 2000 a 2020.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, de abordagem quantitativa. Para isso, utilizou-se o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Não foi necessária avaliação da amostra pelo Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que se tratam de dados de base populacional. Foram verificadas as seguintes variáveis relacionadas aos óbitos por esta condição: óbitos por ano, unidade da federação (UF), faixa etária, cor ou raça, escolaridade, estado civil e local de ocorrência.

RESULTADOS

No período estudado ocorreu um total de 12067 óbitos maternos na região nordeste, e destes, 1530 (12,6%) tiveram como causa a eclâmpsia, constituindo-se como a segunda mais prevalente entre todas as causas. Observou-se um discreto declínio nos óbitos a partir de 2010, permanecendo estável a partir de então. O Maranhão liderou com o maior número de casos (424/ 25,7%), seguido da Bahia (283/ 18,4%) e Ceará (231/ 15,0%). Com relação à faixa etária, os óbitos de mulheres entre 20 a 29 anos (618/ 40,3%) foram a maioria, seguidos da faixa de 30 a 39 anos (482/ 31,5%). Os óbitos por eclâmpsia foram mais comuns entre mulheres pardas (926/ 60,5%) e em sua maioria com 4 a 7 anos de estudo (330/ 21,5%). As mulheres solteiras foram a maioria (715/ 46,7%) e o local predominante de óbitos foi o hospital (1383/ 90,3%).

CONCLUSÕES

Conclui-se que a eclâmpsia permanece sendo uma das principais causas de óbitos maternos no nordeste, mesmo com discreta discreta redução nos últimos 10 anos, sobretudo entre mulheres adultas jovens, pardas e com baixa escolaridade. Este estudo revela que é fundamental o aperfeiçoamento das medidas de diagnóstico precoce e tratamento da pré-eclâmpsia e eclâmpsia pela rede de atenção à saúde da região estudada.