60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

MORTALIDADE MATERNA RELACIONADO AO COVID-19 NO BRASIL EM 2020

OBJETIVO

Reunir informações acerca do impacto da COVID-19 na mortalidade
materna.

FONTE DE DADOS

Os bancos de dados PubMed, Web of Science e Observatório Obstétrico Brasileiro foram pesquisados. Os descritores utilizados nabusca foram baseados na estratégia P.I.C.O (Population, Intervention, Comparison and Outcome). por meio dos descritores “COVID-19”, “Mortalidade” e “Maternidade”.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram obtidos 13 artigos, dos quais 5 foram selecionados e incluídos neste estudo. Como critérios de elegibilidade, usaram-se artigos originais que abordam a relação entre a COVID-19 e a mortalidade materna no Brasil, sendo os manuscritos publicados completos em inglês e português, disponibilizados online.

COLETA DE DADOS

Foram lidos integralmente os 5 artigos encontrados após a busca na base de dados. Para seleção, foram discutidosquais artigos tratam exclusivamente da relação da mortalidade materna e a COVID-19 no Brasil.

SÍNTESE DE DADOS

Analisando os Artigos constatou-se que
978 gestantes e puérperas foram diagnosticadas com Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG) por COVID-19 e dessas 124 foram a óbito (taxa de letalidade de
12,7%), e o que mais chamou a atenção foram as graves falhas de assistência à
saúde no Brasil. Também foi possível observar que mulheres negras foram
hospitalizadas em condições de pior gravidade, como maior prevalência de dispnéia
e menor saturação de oxigênio, além de maior taxa de admissão na unidade de
terapia intensiva (UTI) e de ventilação mecânica assistida, observando-se ainda um
risco de morte quase duas vezes maior em mulheres negras comparadas às
brancas. E observou-se também que dos 9.609 casos notificados de Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) em gestantes e puérperas, sendo 4.230 (44,0%)
consideradas positivas para COVID-19. Dessas, 553 gestantes e puérperas foram a
óbito, demonstrando uma taxa de mortalidade por COVID-19 (8,4%) maior que a por
SRAG por outras causas ou não determinadas (3,7%).

CONCLUSÕES

Dessa forma, é imprescindível que não haja descontinuidade da assistência obstétrica
habitual no Brasil, melhorando o atendimento de pré-natal nas unidades básicas de
saúde e maternidades, facilitando o acesso das gestantes aos serviços de saúde.
Por conta da alta mortalidade materna é necessário realizar estudos eficazes para
reconhecer fatores de diagnóstico e tratamentos precoce para assim evitá-las .

Área

OBSTETRÍCIA - Estratificação de risco em Obstetrícia

Autores

Julia Saraiva Cavalcante, Matheus Saunier Barbosa De Mello, Charlene da Silva Ribeiro, Aimê Gomes Costa Rodrigues, Natália Hosana da Silva, Sigrid Maria loureiro de Queiroz Cardoso