Dados do Trabalho

TÍTULO

ATENÇÃO À SAÚDE MATERNO-INFANTIL: PERCEPÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS DA SAÚDE

OBJETIVO

O objetivo foi avaliar a percepção de gestores e profissionais da saúde acerca da saúde materno-infantil de um município interiorano do Rio Grande do Sul.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal, descritivo e de cunho quantitativo. A coleta de dados foi realizada entre os meses de fevereiro e março de 2020. Gestores e profissionais da saúde da atenção básica e do hospital de cidade responderam a quatro questionários com foco nos indicadores: Pré-natal; Parto e Nascimento; Puerpério e Atenção à Criança; Transporte e Regulação. Obteve-se o retorno de 113 participantes, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com respostas analisadas partindo das dimensões: estrutural, operacional, assistencial e capacitação profissional. A análise incluiu a correlação de dados, com vistas à identificação de potencialidades, fragilidades e oportunidades de melhoria. As respostas foram organizadas por meio de uma escala likert com as opções “Não”; “Sim, mas pode melhorar”; “Sim, efetivamente” e “Sem resposta”. Obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Franciscana (UFN), sob o parecer nº 3.686.950. Os participantes o e suas identidades foram preservadas.

RESULTADOS

Os resultados obtidos demostram seu potencial inovador e transformador na forma de pensar e agir de gestores e profissionais da saúde. A dimensão estrutural evidenciou ter as maiores fragilidades, especialmente no transporte. Na operacional destacam-se mais oportunidades de melhorias, sobretudo, nos indicadores parto e nascimento. A falta de reuniões das equipes e de um protocolo de atendimento para assistência ao pré-natal apresenta-se como fragilidade em mais de 50% das respostas. Na assistencial, percebeu-se mais potencialidades, relacionadas ao pré-natal, chegando a 37,5% das questões levantadas efetivamente implementadas. A dimensão capacitação profissional apresenta-se como a dimensão com maior número de fragilidades, chegando a 50% das questões levantadas.

CONCLUSÕES

A educação permanente dos funcionários da saúde é indispensável para a ativação de práticas colaborativas, cooperativas e integradas no cotidiano destes profissionais. Embora tenham sido desenvolvidas ações relacionadas à melhoria nos serviços da saúde materno infantil, os resultados sugerem a necessidade de qualificação da gestão alinhada às políticas nacionais. Estudos deste tipo podem proporcionar um diagnóstico situacional das fragilidades, oportunidades de melhorias e potencialidades, no que tange a qualificação destes serviços.