Dados do Trabalho

TÍTULO

PROLAPSO UTERINO E ALTERAÇÃO EM COLO DO ÚTERO: RELATO DE CASO Pôster Eletrônico

CONTEXTO

Relevância do exame físico na pós menopausica
Valorização de queixas
Correlação de patologias: Prolapso e Câncer genital

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

INTRODUÇÃO: O prolapso de órgãos pélvicos (POP), ou seja, o descenso da parede vaginal anterior e/ou posterior e do ápice da vagina, é uma condição comum, podendo ser assintomática ou provocar sintomas, como protuberância vaginal e disfunção defecatória, urinária ou sexual. A prevalência é aproximadamente de 22% em mulheres entre 18 e 83 anos, variando até 30%, em mulheres entre 50 e 89 anos. A etiologia é multifatorial e o risco é aumentado quando há história de partos vaginais, em comparação com cesáreas, além de que mulheres com IMC >25 têm risco 2 vezes maior de desenvolver POP. O sistema de quantificação de prolapso de órgãos pélvicos (POP-Q) é utilizado para avaliar a gravidade do prolapso, sendo o grau 4, o mais elevado, caracterizado por ser completo, em que o ponto maior de prolapso ultrapassa anteriormente a carúncula himenal. RELATO DO CASO: R.G., 84 anos, sexo feminino, branca, trabalhadora rural, G4P4, parto domicilar, IMC 27, vem à consulta por encaminhamento com o objetivo de realizar o citopatológico de colo uterino (CP) como pré operatório de correção de prolapso genital com perda involuntária de urina. Refere realizar revisões periódicas com o último exame ginecológico realizado há um ano e citopatológico de colo uterino e mamografia sem alterações. O caso foi avaliado por um estudante de Medicina e na discussão do caso com a médica responsável, foi questionada a necessidade de realização do CP e correção cirúrgica do prolapso. Ao exame físico, paciente apresenta uterocele de grau 4, além de alterações macroscópicas em colo uterino sugestivas de carcinoma. DISCUSSÃO: A avaliação do POP e de seu impacto na qualidade de vida são essenciais, visto que auxiliam no estabelecimento da terapêutica. Ressalta-se que tanto o carcinoma espinocelular do colo do útero, quanto o POP são eventos individualmente considerados comuns em mulheres de idade avançada, entretanto, a concomitância é rara. Nesses casos, em razão dos malefícios ocasionados à saúde feminina, o manejo deve ser multidisciplinar e individualizado.

COMENTÁRIOS

Achados entre as patologias de prolapso e câncer genital